FIRJAN alerta que mudança no Repetro pode ter desempregos
O Sistema FIRJAN alerta para o
impacto desastroso que a revogação da legislação em vigor sobre o regime
aduaneiro Repetro-Sped no estado do Rio terá sobre o ambiente de negócios
fluminense de óleo e gás. De acordo com a Federação das Indústrias, o novo regime
trouxe isonomia para aquisição interna de matérias-primas, produtos
intermediários e materiais de embalagem voltados para a produção de petróleo e
gás, possibilitando a ampliação da participação da indústria nacional.
No Rio de Janeiro, um decreto estadual
garantiu a adesão do estado ao benefício de ICMS. Segundo a gerente de
Petróleo, Gás e Naval da FIRJAN, Karine Fragoso, mudanças nas condições já implementadas,
retirando a desoneração, afetam a competitividade do estado, além de resultarem
na perda de investimentos, de empregos e renda.
Ela ressalta que o encadeamento
produtivo de petróleo e gás no estado do Rio possui um efetivo superior a 100
mil postos diretos de trabalho. Estes trabalhadores e suas famílias também
serão diretamente impactados. Para se tiver uma ideia, basta dizer que os
benefícios sociais pagos pela indústria a seus trabalhadores somam mais de R$ 2
bilhões anuais, como plano de saúde e auxílio creche.
"A ameaça da não adesão no Rio,
taxando os investimentos em torno de 20%, vai á contramão da lógica de atração
de investimento e do aumento da base industrial que cria emprego e gera renda
para famílias e governos", explica Karine Fragoso.
Com a retomada dos leilões, e a 15ª
rodada ocorrendo no próximo dia 29, agora é hora de maximizar as oportunidades
com novas demandas, promovendo a inserção da indústria nacional e sua
competitividade global. "Um ambiente de negócios desfavorável ocasiona a
fuga de capital, uma menor arrecadação e, principalmente, grandes impactos
sociais pela não geração de emprego. Portanto, não é o momento de promover a
migração de investimentos para outros locais que não seja o Rio", alerta a
gerente de Petróleo, Gás e Naval da FIRJAN.
O coordenador da Comissão Municipal
de empresários da Firjan em Macaé, Evandro Cunha, também está preocupado com a
situação. "Isto é vital, principalmente, na nossa região que, nos últimos
anos, tem sofrido muito com o desemprego". Agora, com os últimos
leilões, começamos a ter uma perspectiva melhor, mas sem o Repetro o que se
avizinha é uma enorme calamidade para o nosso estado, já que empresas tenderão
a se deslocar para os estados vizinhos que já aderiram ao regime.
O presidente da Representação
Regional da Firjan no Norte Fluminense, Fernando Aguiar, diz que: "O
Rio não pode ser uma exceção, sob pena de vermos este importante setor migrar
para estados vizinhos, levando daqui empregos, empresas, impostos e esperanças
de uma região que aprendeu a trabalhar com competência o setor de Óleo e Gás. O
Repetro tem de ser confirmado também pelo Rio, mostrando que o estado está a
altura do Brasil para manter os empregos e investimentos neste importante
setor," afirma Aguiar.
Fonte: O
DEBATE
Nenhum comentário
Postar um comentário