Quem mandava era o marido da Prefeita, por isso ela foi cassada pela câmara, confira reportagem.
Prefeita cassada por
deixar o marido governar
A prefeita de São Lourenço, no Sul de Minas, Célia Cavalcanti (PR), teve o mandato cassado
por decisão dos vereadores durante sessão de julgamento na Câmara Municipal, na
noite desta terça-feira (6). Por 10 votos a 3, os vereadores aprovaram a
decisão. O motivo alegado pela Comissão Processante foi a omissão da prefeita
diante da suposta influência do marido e ex-prefeito, Natalício Tenório
Cavalcanti, na gestão do município.
Segundo os documentos apresentados pela comissão, Natalício teria tomado
decisões na prefeitura, o que caracteriza infração política-administrativa
prevista no Decreto Lei 201/67. O desdobramento das investigações mostrou que
ele teria sido o responsável pela nomeação da nova diretoria do Serviço
Autônomo de Água e Esgoto (Saae). Além disso, teria realizado reuniões da
prefeitura sem a presença da então prefeita.
A sessão de julgamento começou às 13h e durou mais de 10 horas. A
população pode acompanhar a sessão de dentro da câmara e também por telões
instalados do lado de fora. Alguns levaram cartazes e se manifestaram a favor e
contra a cassação.
Durante os trabalhos, foram apresentados os pontos do processo, de 1.176
páginas. Vereadores fizeram pronunciamentos e o advogado de Célia, Flávio
Roberto Silva, apresentou a defesa. Ele alegou que não havia provas do
cometimento das infrações.
A agora ex-prefeita falou sobre o caso antes do fim da sessão. "Eu
trabalho todos os dias, chego a trabalhar mais de 8 horas por dia, 10 horas,
participo de todas as reuniões, e sou eu que tomo as decisões. Escutar a opinião
do outro pra mim é democracia. Assim como demais ex-prefeitos vêm e expressam
opinião também".
Mesmo com os argumentos, a maioria dos vereadores foi a favor do
afastamento da prefeita nas duas votações - uma pela omissão da prefeita quanto
à influência do marido e outro por quebra de decoro. Com a decisão, quem assume
a prefeitura é o vice-prefeito Leonardo Sanches. Ele tomou posse ainda na
sessão da câmara, no final da noite desta terça-feira.
O processo
As investigações da Comissão Processante começaram há quase quatro meses
após a denúncia de uma moradora. A enfermeira Rosana Aparecida Lopes pediu a
abertura do processo para investigar possíveis irregularidades na gestão.
"Me motivou o que está acontecendo hoje no âmbito federal. Nunca imaginei
que na minha cidade hoje, uma cidade pequena, fosse acontecer isso. Então eu
acho que todo cidadão exerce sim a democracia só na hora do voto e esquece de
cobrar depois dos nossos governantes".
Três vereadores formaram a CP - Orlando da Silva Gomes (PRB), Natanael
Paulino de Oliveira (PPS) e Evaldo Ambrósio (PROS). Durante o processo,
testemunhas foram ouvidas e foi realizada análise de documentos. Entre eles,
estão os da ação do Ministério Público que investiga a contratação de duas empresas de coleta de lixo e
limpeza urbana pelo Saae.
A contratação também foi investigada na câmara por uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI). Na época, cinco pessoas foram presas suspeitas de
envolvimento no esquema. Fonte: G1 Minas.
Um comentário
cade os veriadores de sao francisco . sao 13 tabem o vao espera o mpf.e o cara que manda tudo.
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