Cilindro de GNV explode e destrói carro durante abastecimento em Macaé


Um carro explodiu enquanto era abastecido em Macaé, na noite desta terça-feira (17). O cilindro de gás natural veicular (GNV) não aguentou a pressão e se rompeu, destruindo a completamente a parte traseira do automóvel. Uma pessoa ficou ferida.
O incidente aconteceu em um posto de combustíveis localizado na RJ-106, a Rodovia Amaral Peixoto, na altura do Mirante da Lagoa. A explosão foi tão violenta que também causou danos à estrutura do estabelecimento.
O motorista estava fora do carro e escapou ileso. Um frentista se feriu, foi socorrido e levado para o Hospital Público de Macaé (HPM). A unidade não divulgou informações sobre seu estado de saúde.
CUIDADOS
O acidente voltou a chamar atenção para os perigos do abastecimento com GNV. A fim de alertar e orientar a população, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) informou quais os procedimentos de segurança devem ser tomados para evitar que outros acidentes aconteçam.
Segundo o Corpo de Bombeiros, diversos fatores podem ocasionar acidentes como esse. Um desses fatores pode ser a situação do cilindro do veículo. “É importante verificar se o cilindro está inspecionado ou não, além de verificar a existência de problemas relacionados ao bico de abastecimento do posto. Neste caso específico, não podemos afirmar quais foram as causas até o resultado da perícia, mas é importante estar atento a esses detalhes”, informou a assessoria de imprensa do órgão.
O CBMERJ informa ainda quando aos procedimentos que devem ser tomados no momento da instalação do gás. “Os procedimentos de segurança para o uso do GNV requerem, entre outros cuidados, cuidado especial com a conversão, sendo que esta deverá ser feita em oficina homologada pelo INMETRO. Deve ser exigido da convertedora, a nota fiscal e o Certificado de Homologação do INMETRO, para fazer o registro de conversão junto ao órgão de trânsito responsável”.
Quanto à manutenção do kit GNV, o Corpo de Bombeiros afirma: “São necessárias revisões periódicas do kit e cilindro em convertedoras homologadas pelo INMETRO. Está descartado o uso de peças usadas, cilindro recondicionado ou de procedência desconhecida e tubos de cobre. Na instalação, serão exigidos tubos de aço. Os cilindros devem ser sempre de aço especial, de alta resistência para GNV (NBR- 12790 ou ISO 4705) e devem ser fixados com suportes adequados, oferecendo segurança. Não são permitidas soldas nos cilindros, pois este será um ponto em que a resistência ficará comprometida, com sérios riscos de ruptura e vazamento do combustível”.
O órgão disse ainda que: “O usuário não deve tentar consertar os pequenos defeitos sozinho e sim procurar a convertedora para fazê-lo de acordo com a técnica, bem como com segurança adequada. Não confundir Gás Natural Veicular (GNV) com o gás de cozinha (GLP). Jamais usar o botijão de GLP em veículos automotores. Os botijões fabricados para armazenamento de GLP são projetados para suportar pressões muito inferiores à do GNV, algo em torno de 15 BAR. Como resultado, ocorrerá a ruptura do botijão, de forma violenta, em razão do gás expandir-se, proporcionando sério risco às pessoas que estiverem nas proximidades”.
O Corpo de Bombeiros também enumerou algumas recomendações que os usuários de GNV devem atender ao abastecer. São elas:
  • No momento do abastecimento, deve-se desligar o motor, o rádio e o telefone celular, apagar os faróis e frear o veículo;
  • Não fumar no local do abastecimento ou próximo;
  • O motorista, bem como os passageiros, devem sair do interior do veículo;
  • O veículo deverá sempre estar aterrado;
  • É importante certificar-se de que a mangueira de abastecimento de GNV foi desconectada antes de arrancar;
  • A pressão de abastecimento não deverá, em nenhuma hipótese, ultrapassar 220 kgf/cm2;
  • O kit e cilindros são dimensionados para 220 kgf/cm2 de pressão máxima. Este valor já considera a margem de segurança. Pressões acima desse limite podem causar vazamentos no sistema, diminuindo a vida útil do equipamento e aumentando muito o risco de provocar acidentes.
Os postos de abastecimento têm a obrigação de reforçar as normas de segurança, seja por meio de fiscalização dos funcionários ou afixando o alerta em locais visíveis.
Fonte: Terceira Via




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