Vacinação contra sarampo e contra poliomielite até o dia 31
A Campanha Nacional Contra
a Poliomielite e Sarampo atingiu a metade do público-alvo,
com a vacinação de 51% das crianças de um ano a menores de cinco em todo o
país. No total, mais de 11,4 milhões de doses das vacinas contra a pólio e
sarampo (cerca de 5,7 milhões de cada) foram aplicadas até esta segunda-feira
(20/08). Em Campos, mais de 4,5 mil crianças foram vacinadas no município
no último sábado (18/08) durante o Dia D de vacinação contra o sarampo e a
poliomielite. A Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
disponibilizou para atendimento à população 42 salas de vacinação e outros 14
postos volantes. A imunização continua até o dia 31 de agosto.
A meta do Ministério da Saúde é
vacinar pelo menos 95% das 11,2 milhões de crianças, independentemente da
situação vacinal delas, e criar uma barreira sanitária de proteção da população
brasileira.
Com a mobilização de toda a população
e parceiros do Ministério da Saúde na última semana, finalizando com o dia D, o
país avançou significativamente para atingir o mais próximo da meta de vacinar,
até 31 de agosto, 95% da população alvo. Deve ser observado que os dados ainda
estão sendo enviados para o Ministério da Saúde pelos estados e
municípios. O esforço do país é impedir que doenças já eliminadas e
erradicadas não retornem ao Brasil.
“Esse é um movimento de todos, um
trabalho de todos para proteger as nossas crianças. Pais e responsáveis devem
levar as crianças que ainda não foram vacinadas, independentemente da situação
vacinal anterior, já que neste ano a campanha é indiscriminada. O esforço
do país é impedir que doenças já eliminadas não retornem o Brasil",
enfatiza o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
Para a poliomielite, as crianças que
ainda não tomaram nenhuma dose da vacina serão vacinadas com a Vacina Inativada
Poliomielite (VIP). As crianças que já tiverem tomado uma ou mais doses
receberão a gotinha (Vacina Oral Poliomielite - VOP). Em relação ao sarampo,
todas as crianças devem receber uma dose da vacina tríplice viral. A exceção é para
as que tenham sido vacinadas nos últimos trinta dias, que não necessitam de uma
nova dose.
Entre os estados com melhor cobertura
vacinal neste momento, estão: Rondônia, com 85,03% para a pólio e 83,45% para o
sarampo, seguido por Amapá com 76,15% pólio e 75,96% sarampo. Entre as
coberturas mais baixas, destacam-se: Rio de Janeiro, com 29,49% do público-alvo
vacinado para pólio e 31,33% para sarampo e Pará, que tem 33,60% pólio e 33,59%
sarampo.
O Ministério da Saúde oferta todas as
vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao todo, são 19
para combater mais de 20 doenças, em todas as faixas etárias. Por ano, são
cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos distribuídas em todo o país.
Casos de sarampo
Atualmente, o país enfrenta dois
surtos de sarampo: em Roraima e no Amazonas. Até o dia 14 de agosto, foram
confirmados 910 casos de sarampo no Amazonas e 5.630 permanecem em
investigação. Já em Roraima, foram 296 casos confirmados e 101 continuam em
investigação.
Os surtos estão relacionados à
importação, já que o genótipo do vírus (D8) que está circulando no país é o
mesmo que circula na Venezuela, país que enfrenta um surto da doença desde
2017. Casos isolados, relacionados à importação, foram identificados em
São Paulo (1), Rio de Janeiro (14); Rio Grande do Sul (13); Rondônia (1) e Pará
(2). As medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo
realizadas em todos os estados. Até o momento, foram confirmados seis
óbitos por sarampo, quatro em Roraima (três em estrangeiros e um em
brasileiro) e dois no Amazonas (brasileiros).
Sarampo no mundo
Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), os casos de sarampo chegaram a um número recorde na Europa. Os
dados, divulgados pela organização nesta segunda-feira (20/08), apontam que
mais de 41 mil crianças e adultos na Região Europeia foram infectados com
sarampo nos primeiros seis meses de 2018. O número total de casos para esse
período excede os 12 meses reportados em todos os outros anos desta década.
Desde 2010, o ano de 2017 foi o que
teve o maior número de casos: 23.927. Em 2016, registrou-se a menor quantidade:
5.273. Além disso, pelo menos 37 pessoas morreram devido à doença neste ano.
Sete países da região tiveram mais de uns mil casos neste ano (França, Geórgia,
Grécia, Itália, Rússia, Sérvia e Ucrânia). A Ucrânia foi a mais atingida com
mais de 23 mil pessoas afetas, o que representa mais da metade da população do
país.
Fonte: Redação/Supcom
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