Eleito com 59,87%, Wilson Witzel toma posse como governador do Rio
O ex-juiz federal Wilson José Witzel tomou posse, nesta terça-feira (1), como governador do Estado do Rio de Janeiro, em cerimônia na Assembleia Legislativa (Alerj), no Centro da cidade. O governador chegou por volta das 8h40 à Alerj, acompanhado do vice-governador, Cláudio Castro, e de familiares. Marcada para as 8h30, a cerimônia começou pouco antes das 9h. Witzel se emocionou ao ouvir o Hino Nacional. Por volta das 9h15, fez o juramento como governador e discursou.
— Tomo posse hoje (terça-feira) como governador do Estado do Rio de Janeiro, graças ao desejo de mudança da população. Meu primeiro agradecimento é ao povo (...) Nossa tarefa será racionalizar os custos e obter mais recursos para os municípios — declarou.
Ao falar da esposa, Helena, voltou a se emocionar e provocou lágrimas também da mulher: “Minha eterna gratidão, meu amor, pelo seu apoio incondicional, a mim e aos nossos filhos”.
Combate ao crime e à corrupção
Witzel prometeu combater a corrupção e o narcotráfico, com reorganização da polícia e a criação de um conselho de segurança. Um dos seus objetivos será lutar contra o crime organizado e a lavagem de dinheiro que financia o crime.
— A instalação de um conselho de segurança vai aproximar as instituições, permitindo que a segurança não seja apenas um caso de polícia (...) São narcoterroristas, e como terroristas serão tratados — garantiu.
O governador disse também que vai caber ao estado garantir a credibilidade e segurança jurídica aos investidores e voltou a afirmar que o turismo é o "novo petróleo" do Rio. Witzel aproveitou para mandar um recado aos secretários nomeados por ele: "Não temos o direito de errar. Não vamos decepcionar o estado do Rio de Janeiro".
Às 9h43, Witzel terminou o discurso, que durou cerca de 20 minutos. Cinco minutos depois, a sessão foi encerrada.
O cerimonial foi dividido em dois dias, a pedido de Witzel, que viaja a Brasília nesta terça para prestigiar a posse de Jair Bolsonaro como presidente da República — programada para as 15h, no Congresso Nacional.
A segunda etapa, a transmissão do cargo pelas mãos de Francisco Dornelles, ocorre na tarde de quarta (2), no Palácio Guanabara. Dornelles, governador em exercício, representa Luiz Fernando Pezão, preso desde o início de novembro. Na sequência, serão empossados os secretários de Witzel.
Convidados
Entre os convidados, estavam o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; o prefeito do Rio, Marcelo Crivella; e o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, que foram convidados pelo presidente em exercício da Alerj, André Ceciliano, para compor a mesa.
Maia falou sobre a expectativa para o governo de Witzel: "Transformar o Rio em um estado seguro, capaz de atrair empresas e gerar empregos".
Crivella disse que espera que o estado e o município possam renegociar juntos as dívidas que possuem com a União.
“A expectativa de que eu e ele juntos possamos chegar ao Bolsonaro em Brasília e negociar as nossas dívidas é grande. Isso é fundamental para o Rio de Janeiro. Modernizar nossos hospitais, melhorar as nossas escolas. O Rio tem 11 mil km de ruas e avenidas que precisam ser asfaltadas, limpar nossos rios, as nossas lagoas”, destacou Crivella.
Em nome do prefeito Marcelo Crivella, o governador agradeceu a presença de todos os chefes do executivo. “Tenho certeza de que seremos parceiros e que trabalharemos juntos.”
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