PIS/Pasep começa a sair nesta segunda para correntistas do BB e da Caixa
Rio - A semana começa com "boas noticías" para quem é
correntista do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal: os dois
bancos começam a pagar o oitavo lote do Abono Salarial PIS/Pasep
2018-2019, ano-base 2017. Nesta segunda-feira o BB vai liberar o Pasep para
servidores públicos com final de inscrição 6 e 7; na terça é a vez da
Caixa depositar a grana do PIS para os nascidos em março e abril. Serão
destinados R$ 20 milhões para pagar a cota do Pasep a 25 mil
participantes do programa no Estado do Rio. Procurada pelo DIA, a Caixa
não informou quantos trabalhadores da iniciativa privada receberão o
PIS, nem o montante liberado para este lote. Os não correntistas dos
dois bancos começam a receber o benefício dia 21.
Quem tem direito a receber o PIS/Pasep? Tem direito ao
abono quem estava inscrito no programa PIS/Pasep há pelo menos cinco
anos, trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias com remuneração
mensal média de até dois salários mínimos, e teve seus dados informados
corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais
(Rais).
O cálculo do benefício, segundo informações Secretaria
de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, corresponde ao
número de meses trabalhados no ano-base multiplicado por 1/12 do valor
do salário mínimo vigente na data do pagamento. Portanto, com a mudança
do piso nacional, quem trabalhou apenas um mês em 2018 receberá R$ 84;
dois meses, R$ 167, e assim por diante. O trabalhador que completou 12
meses poderá sacar o valor cheio, de R$998.
Para servidores públicos, a consulta dos valores pode
ser feita em www.bb.com.br/pasep e pelo 0800-729 00 01. Já os
trabalhadores da iniciativa privada devem procurar a Caixa Econômica
Federal. A consulta pode ser feita pessoalmente, pela internet na
página www.caixa.gov.br/PIS ou pelo telefone 0800-726 02 07.
Vale destacar que o prazo final de recebimento para todos os trabalhadores favorecidos pelo programa é 28 de junho de 2019. (Colaborou a estagiária Edda Ribeiro)
Se a PEC passar, abono vai acabar
Caso a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro seja
aprovada pelo Congresso, mais de 23 milhões de trabalhadores devem
perder o direito ao abono salarial do PIS/Pasep. A possibilidade está em
uma prévia da reforma vazada para a imprensa. Esse número corresponde a
91,5% do total de pessoas que hoje podem receber o benefício anual, que
chega a R$ 998, que corresponde a um salário mínimo.
Segundo a proposta, o abono do PIS deve ser pago
somente para quem ganha até um salário mínimo mensal (R$ 998). Hoje, ele
é pago para quem ganha até dois salários mínimos.
Essa mudança nas regras faria com que 23,4 milhões
deixassem de atender os critérios de concessão do benefício. Outros 2,17
milhões continuariam aptos a recebê-lo. O número é baseado em dados de
2017 informados pelas empresas ao antigo Ministério do Trabalho, hoje
incorporado ao Ministério da Economia.
O valor pago ao trabalhador continuaria variando de
acordo com o tempo de trabalho. Ou seja, se trabalhou o ano todo, recebe
o valor cheio, equivalente a um salário mínimo. Se trabalhou um mês,
ganha proporcionalmente: 1/12 do mínimo, e assim por diante. Antes da
mudança proposta pela então presidente Dilma Rousseff em 2014, o abono
era sempre de um salário mínimo, independentemente do tempo trabalhado.
Cabe ressaltar que a sugestão de acabar com o abono
PIS/Pasep foi feita ao governo Bolsonaro pelo então presidente Michel
Temer, que chegou a sugerir, em relatório, a extinção do abono "por
representar um programa que beneficia população distante da pobreza
extrema", já que quem recebe são pessoas que estão empregadas e com
carteira assinada. Mas, segundo a proposta que vazou para a imprensa, o
governo estuda continuar com o benefício, mas de forma mais restrita. No
Orçamento de 2019, a despesa prevista com o abono é de R$ 19,2 bilhões. Fonte: Jornal O dia
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