Deputados estaduais do Rio presos pela Furna da Onça viram réus após e têm prisão preventiva mantida

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) recebeu denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra 5 deputados estaduais do Rio de Janeiro, presos acusados de envolvimento em esquema de corrupção investigado pela Operação Furna da Onça. 

Em decisão unânime, a 1ª Seção do TRF2 tornaram réus André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (AVANTE) e Marcus Vinicius Neskau (PTB), concordando com o MPF de há indícios de autoria e materialidade dos crimes de corrupção passiva e organização criminosa. 

Além de acolher a denúncia, o TRF2 decidiu mantê-los em prisão preventiva pela necessidade de garantir a ordem pública e a instrução regular do processo, com exceção de Chiquinho, que, por razões médicas, está em prisão domiciliar. 

A decisão colegiada dos desembargadores federais Abel Gomes, Paulo Espírito Santo, Ivan Athié, André Fontes e Marcello Granado, confirmou decisão da Justiça do Rio que suspendeu a posse dos deputados eleitos em 2018. 

No início do julgamento, o MPF ressaltou que os 5 deputados recebiam pagamentos mensais do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), a partir de um “caixa único” de propina, e integravam esquemas de loteamento de cargos em órgãos públicos para dar apoio aos governos Cabral e Pezão (MDB).
“Temos uma organização criminosa instalada no Rio de Janeiro cujos protagonistas são deputados que usavam seus cargos para beneficiar das mais diversas formas o esquema criminoso e recebiam direto do ex-governador Sérgio Cabral”, afirmou o procurador regional da república, Carlos Aguiar, coautor da denúncia, na sustentação em nome do MPF, acrescentando que “é uma organização criminosa complexa. Investigá-la exigiu quase todas as técnicas, como colaboração premiada e interceptação telefônica e telemática. E todas essas diligências se mostraram eficazes, demonstrando os indícios de autoria e materialidade”. 

Fonte: Click Diário. 

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