Ex-deputado Paulo Feijó ficará em prisão domiciliar

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-deputado federal Paulo Feijó (PR-RJ) comece a cumprir em casa a pena de 12 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelos quais foi condenado em 2017. O ex-parlamentar terá que usar tornozeleira eletrônica e só poderá deixar a residência para tratamento médico.
A defesa havia tentado evitar o início do cumprimento da pena com o argumento de que o ex-deputado fluminense está em tratamento para tentar curar um câncer.
Ao analisar os argumentos dos defensores, Rosa Weber considerou que, neste caso, está "presente hipótese extraordinária a autorizar a excepcional conversão do regime prisional fechado em regime domiciliar, enquanto o quadro de saúde do condenado não evoluir".
Caberá a uma vara de execuções do Rio de Janeiro supervisionar a prisão domiciliar. Além disso, Feijó terá que passar por avaliação médica daqui a seis meses para reavaliação do quadro de saúde e para que se verifique "a viabilidade de cumprimento do restante da pena em estabelecimento prisional".
A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a concessão do regime diferenciado em razão do estado de saúde do ex-parlamentar. Paulo Feijó foi submetido recentemente a uma cirurgia.
"Neste cenário, ao menos por ora, o réu Paulo Feijó não apresenta condições físicas de cumprir sua pena em estabelecimento do sistema penitenciário do Rio de Janeiro. Por consequência, a execução penal deve ser inciada em regime domiciliar, com monitoramento eletrônico, autorizando-se apenas as saídas que se fizerem necessárias para tratamento médico, sempre precedidas de relatórios médicos”, determinou Rosa Weber no despacho.
Máfia dos sanguessugas
A Primeira Turma do STF considerou Feijó culpado no escândalo conhecido como "máfia dos sanguessugas", revelado em 2006. À época, foi revelado que dezenas de parlamentares destinavam verbas do Orçamento da União para compra de ambulâncias e equipamentos médicos superfaturados, recebendo propina desviada dos caixas de prefeituras.
O esquema beneficiava empresa do grupo Planan e, segundo as investigações, Paulo Feijó foi beneficiado com verbas destinadas a municípios das regiões norte e nordeste do estado do Rio de Janeiro.
No processo, a defesa do ex-deputado alegou que ele destinava recursos para a saúde de forma rotineira e que sua atuação não foi determinante para a obtenção dos recursos pela Planan.
Fonte: G1

Um comentário

Anônimo disse...

É o destino que muitos políticos ,que podem deixar seu nome na história, por ganância ao dinheiro sujo fica dessa forma,a justiça pode tarda mais falhar nunca,o nobre deputado tanto que gosta de jogar futevôlei agora com essa tornozeleira eletrônica no pé,que final triste para sua carreira política Paulo Feijó