Lava Jato prende bancários do Bradesco envolvidos com Sergio Cabral
Grupo de bancários tinha ligação com comparsas do ex-governador
Nesta terça-feira (28), a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Operação Câmbio, Desligo, da Lava Jato. Ela provém de delações do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Ele denunciou um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresas e doleiros.
Dois integrantes de sua organização criminosa, o doleiro Vinícius Vieira Barreto Claret e Cláudio Fernando Barbosa, também detalharam o esquema aos investigadores. A partir delas, os agentes chegaram a um grupo de bancários.
O juiz federal Marcelo Bretas expediu a prisão de três funcionários do banco Bradesco. Além disso, agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos no Rio de Janeiro.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do RJ, a pedido do Ministério Público Federal.
Deflagrada em maio de 2018, a Câmbio, Desligo tem como alvo doleiros que operavam no mercado paralelo de câmbio e são acusados de lavar 1,6 bilhão de reais para organizações criminosas, incluindo a liderada pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB).
Além de Cabral, foram denunciados pelo MPF em junho do ano passado outros 61 acusados, incluindo Dario Messer, considerado pela procuradoria o “doleiro dos doleiros”.
Investigado também nos casos Banestado e mensalão, Messer está foragido desde o início da operação e teve um Habeas Corpus preventivo negado no Supremo Tribunal Federal no início deste mês.
Em dezembro do ano passado, agentes da Interpol detiveram no Paraguai o doleiro Bruno Farina, apontado como sócio de Messer.
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