Copacabana fica em 1º lugar no ranking do Estado do Rio de ataques a pedestres

Dois jovens deitados no calçadão da Avenida Atlântica, dominados por agentes do Rio+Seguro, atraem olhares, entre assustados e curiosos, de quem passa por ali. Num segundo momento, outros dois são abordados enquanto dormiam na areia, ao lado de banhistas, num lindo dia de sol no outono. O pano de fundo da cena desta sexta-feira, que já se tornou comum, é grave. O bairro está no topo dos roubos a pedestres na Zona Sul, que explodiram nos primeiros quatro meses deste ano. Levantamento do GLOBO com base em números do Instituto de Segurança Pública revela que o total desse tipo de crime em Copacabana cresceu 95,5% no quadrimestre em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 244 casos para 477. A Princesinha é campeã em assaltos a transeuntes no estado.

O aumento da estatística é especialmente vertiginoso na região mais nobre da cidade. Em segundo lugar no ranking, Ipanema tem números igualmente preocupantes: os assaltos subiram 87% em relação aos quatro meses de 2018. Na 23ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp), que abrange o bairro, o Leblon e São Conrado, a alta, embora mais discreta, mostra que as quadrilhas de punguistas não são controladas pela ação policial: houve 15,8% mais ocorrências. Na região da 5ª Aisp (Lapa, Santa Teresa e Centro), o salto foi de 24,2%.

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