Medo e desordem urbana na área central de Campos

Foi se o tempo que andar pela área central de Campos era considerado um programa típico dos campistas. Fazer compras, ir ao shopping, ir ao Mercado Municipal e resolver problemas do dia a dia no Calçadão Boulevard Francisco de Paula Carneiro eram atividades normais no cotidiano dos munícipes.

Mas, nos últimos anos, a tranquilidade das ruas do Centro e as vitrines fartas de opções no comércio deram lugar a uma sensação de medo e um vazio ao redor. São dezenas de lojas fechadas, centenas de pessoas em situação de rua pedindo dinheiro e espaços públicos com intervenções para obras que nunca terminam.
Um dos pontos mais críticos é o entorno da Praça São Salvador. São dezenas de pessoas em situação de rua que estabeleceram seus espaços com barracas improvisadas, colchonetes no chão e em muitos casos existe até o uso de drogas em plena luz do dia.
Já perto do Mercado Municipal o grande problema é a desordem e a intervenção do local para obras. A nova estrutura do Shopping Popular Michel Haddad teve a obra iniciada em 2014, e, atualmente com 60% concluída, parece longe de ficar pronta e ser entregue a população. Ao redor, o que se vê são ambulantes que espalham suas mercadorias em mesas e caixotes nas calçadas e nas ruas. Além disso, o estacionamento de motos onde deveria ser o espaço para o trânsito de pedestres também cria um caos.
O mesmo problema se estende ao outro lado do mercado. Um espaço que seria provisório para os permissionários do Shopping Popular é usado como abrigo para moradores de rua. Pessoas que passam pelo local, principalmente a noite, relatam o medo de serem assaltadas.
Enquanto isso a prefeitura não apresenta um projeto concreto para solucionar essas questões. Em relação ao comércio, até o Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) cobrou uma resposta do prefeito Rafael Diniz nesta semana em relação aos moradores de rua. Muitas pessoas têm medo de sair para fazer comprar no Centro e serem importunadas por pedintes, além de correrem o risco de assalto. Em contra partida buscam outras opções, como as lojas da Avenida Pelinca e um shopping mais afastado do Centro.
Já as obras do Shopping Popular Michel Haddad seguem em ritmo lento. Aproximadamente cinco pessoas estavam no local nesta quinta-feira (04) executando pequenos serviços. A construção sofreu uma série de atrasos desde o início e tem o valor de R$ 9.985.938,34.
Fonte: N F Notícias

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