Agentes do Degase podem entrar em greve no próximo dia 31
Após a reunião que representantes dos agentes de segurança socioeducativos do Degase tiveram, nesta segunda-feira, com integrantes do governo Witzel, o sindicato da classe (Sind-Degase) decidiu convocar a categoria para uma assembleia que decidirá sobre possível greve nas unidades do órgão. A reunião será no próximo dia 31 (quinta-feira), na Ilha do Governador.
Os líderes dos servidores alegam “descaso” no tratamento dado à categoria. E pedem uma resposta concreta sobre a pauta de reivindicações, como a implementação do Regime Adicional de Serviço (RAS), a regulamentação do porte de arma para os agentes, concurso para reposição de cargos vagos e progressões na carreira.
Presidente do Sind-Degase, João Rodrigues disse que, apesar de o governo ter marcado — em audiência na Alerj, na última semana — um encontro entre o novo secretário da Casa Civil (André Moura) e a categoria nesta reunião de hoje, no Palácio Guanabara, isso não aconteceu.
“Viemos à Casa Civil e esperamos por três horas. Não havia um representante do Degase e da Secretaria de Educação na audiência que ocorreu na Alerj (na semana passada) e nem hoje. Além de não termos essa reunião com o secretário (da Casa Civil), fomos recebidos pelo chefe de gabinete Cássio Rodrigues, mas saímos de lá com a única resposta de que o secretário iria deliberar com o secretário de Educação, Pedro Fernandes”, disse Rodrigues. “Havia um compromisso de campanha do governador e só pedimos o que foi acordado e que já é lei. Hoje, viemos à reunião e nada foi resolvido. Não estão nos levando a sério”, acrescentou.
Entenda — O Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) possui 25 unidades ao todo — nove em regime fechado e 16 em regime semiaberto. Hoje, são cerca de 1.500 agentes e uma vacância de um quarto do quadro efetivo, que necessita de concurso ou da utilização do quadro de reservas do último concurso.
No início do ano, conseguiram a aprovação da lei que garante porte de arma aos agentes. No entanto, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) considerou a norma inconstitucional, e por isso a sua regulamentação ainda não saiu.
A lei (também editada este ano) que autoriza o Regime Adicional de Serviço aos agentes ainda não foi implementada. Mas o departamento está finalizando os estudos para começar a oferecer o programa.
Além disso, as progressões na carreira estão paradas e, somente neste semestre, chegam a 100.
Fonte: O Dia
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