Polícia Civil prende empresários suspeitos de fraudar licitação para fornecer papel no RJ

Quadrilha fraudou contratos do governo do estado 

  A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira uma operação contra uma quadrilha que fraudou contratos firmados em 2016 pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão do governo do estado. Seis mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão foram expedidos para ação, que é a primeira resultantes dos trabalhos da 1ª Vara Criminal Especializada do Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio.
  - O departamento de lavagem desbaratou um esquema criminoso de fraude a licitações e visou além das prisões , o sequestro de bens para o devido ressarcimento dos recursos públicos - afirmou Patricia Alemany, delegada titular do Departamento Geral de Combate à Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD).
  De acordo com a polícia, o prejuízo gerado pelas fraudes nos acordos para aquisição de papel ultrapassou R$ 10 milhões. Até 8h30, quatro pessoas haviam sido presas. Robson Silva Portugal, Sthefany Alves Marques, Valter Marques Filho e Walter José da Silva (que era o chefe do grupo) foram detidos pela operação realizada em parceria com o Ministério Público. Eles também foram alvos dos mandados de busca e apreensão, assim como Emily Marques de Souza, Evelyn Marques de Souza, Giselle Teixeira Mendonça e as empresas Diboa Comerical LTDA e Somar Rio Distribuidora LTDA. Por volta das 8h30, os presos estavam a caminho da sede do DGCOR-LD, na Rua da Relação.
  Os suspeitos vão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e fraude de licitação. Sobrinhas de Valter, Emily e Evelyn eram sócias na Somar Rio e não foram encontradas pela polícia. Elas estão em viagem pela Irlanda. Na casa de Walter, os agentes encontraram cerca de mil dólares e R$ 20 mil em espécie. A Justiça determinou também o sequestro de uma lancha e de dois imóveis — uma casa em Angra dos Reis, na Costa Verde, e um sítio em Santa Maria Madalena, na Região Serrana.
  As investigações mostraram que um grupo ligado a duas empresas ganhou, em 2016, uma licitação para fornecimento de papel para a Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão do governo Luiz Fernando Pezão (MDB). A quadrilha fez, de um mesmo computador, duas ofertas diferentes. Entretanto, as propostas foram feitas de forma combinada para o pregão da licitação.
  As investigações foram iniciadas a partir de informações repassadas pela Controladoria Geral do Estado. Além da capital, os agentes atuam em mansões em Angra dos Reis, fazendas em Santa Maria Madalena e imóveis em Duque de Caxias, Araruama e Niterói. 
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