Coronavírus: Witzel anuncia distribuição de cestas básicas para 1 milhão de famílias carentes
O governador do Rio, Wilson Witzel, disse que discorda do presidente Jair Bolsonaro sobre o fim do confinamento por causa da pandemia de coronavírus e pediu que as pessoas fiquem em casa. Witzel, no entanto, afirmou que além da questão sanitária, há uma crise econômica em decorrência da pandemia do coronavírus. Por isso, anunciou como primeira medida um mutirão humanitário, com distribuição de cestas básicas para um milhão de famílias, em sua maioria chefiadas por mulheres. Será beneficiado quem estiver na extrema pobreza, na pobreza e pessoas de baixa renda (quem recebe abaixo de meio salário mínimo).
- Na primeira fase, vamos atender famílias da capital, da Baixada Fluminense, São Gonçalo e Itaboraí. A fome não espera - afirmou, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, no Palácio Guanabara.
Witzel garantiu o pagamento de todos os servidores apesar da crise econômica.
- Nesse momento, é impensável deixar os servidores sem salários. A maioria da folha de pagamento é composta por médicos, professores, bombeiros, policiais.
O governador ressaltou que o estado só terá um balanço das medidas tomadas para conter o coronavírus depois da primeira semana de abril:
- No dia 4, faremos mudanças nas decisões que estão sendo tomadas. Não queremos quebrar as empresas, exterminar o Brasil, mas sim preservar vidas. Peço que as pessoas fiquem em casa.
Mais cedo, o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, dissera, em entrevista ao Bom dia Rio, que de 4 a 10 de abril será feita uma avaliação para saber se as medidas adotadas pelo governo conseguiram desacelerar a curva do crescimento do número de casos da Covid-19.
- Se tiver sucesso, não é para comemorar. Quer dizer que a epidemia está sob controle - afirmou.
Doria x Bolsonaro
Witzel frisou que tem mantido o diálogo com o prefeito do Rio, Marcelo Crivella.
Em reunião virtual com os governadores, na manhã desta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro bateu boca com o governador de São Paulo, João Doria. O presidente considera que Doria e Witzel estão usando o coronavírus para fazer política. Por outro lado, os governadores cobraram para que Bolsonaro dê o "exemplo" ao país.
Witzel não quis se aprofundar no atrito entre Doria e Bolsonaro. O governador argumentou que não é o momento de falar de política.
- Não vou me manifestar sobre a situação do presidente com o governador de São Paulo. Aqui me preocupo com o Estado do Rio de Janeiro - disse.
Os governadores também pediram ao presidente que inicie negociações com o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para que o pagamento das dívidas dos estados com essas instituições seja adiado por até um ano.
Fonte: EXTRA
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