Witzel diz que não há previsão para saída da quarentena no estado do Rio de Janeiro
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse, na noite dessa terça-feira (28), que ainda não definiu uma data para a flexibilização das medidas de isolamento social no estado. Em uma rede social, ele afirmou que é preciso, “primeiro, desafogar os hospitais”. “A saída do isolamento social deve ser feita de maneira responsável. Reabrir o comércio agora pode aumentar ainda mais o número de casos”.
O estado do Rio registrou mais 61 casos de mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, o maior avanço desde o início da doença. A informação consta no boletim divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Saúde, que também apontou mais 560 doentes. Com isso, o estado passa a ter 8.504 casos e 738 óbitos pela doença. Ainda há mais 259 mortes em investigação.
Witzel afirmou que, para determinar a saída do isolamento social no estado, os hospitais de campanha precisam estar prontos. “Os hospitais de campanha serão de muita importância no combate ao coronavírus. A unidade do Leblon já foi inaugurada e está recebendo pacientes. Ainda temos outros hospitais para inaugurar. Não podemos ter o fim da quarentena sem os hospitais de campanha”, escreveu o governador em postagem no Twitter.
No último dia 25, o governo do Rio inaugurou o primeiro hospital de campanha do estado dedicado exclusivamente a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) infectados pela covid-19 no Leblon, na zona sul da capital fluminense.
Witzel destacou que está debatendo a saída da quarentena com diversos setores econômicos. “Precisamos, por exemplo, resolver o problema de lotação no transporte público. Tudo será feito de forma estudada e ordenada”.
Taxa de ocupação
A taxa de ocupação de leitos na rede estadual de hospitais no Rio está perto do limite. Com exceção do Hospital Regional Zilda Arns, em Volta Redonda, no sul fluminense, e do Hospital de Campanha Lagoa-Barra, no Leblon, zona sul do Rio, todos os outros leitos destinados ao tratamento da covid-19 estão ocupados.
A taxa de ocupação de leitos na rede estadual de hospitais no Rio está perto do limite. Com exceção do Hospital Regional Zilda Arns, em Volta Redonda, no sul fluminense, e do Hospital de Campanha Lagoa-Barra, no Leblon, zona sul do Rio, todos os outros leitos destinados ao tratamento da covid-19 estão ocupados.
Atualmente, 73% dos leitos de enfermaria nas unidades da rede estadual e 85% dos de unidade de terapia intensiva (UTI) estão ocupados para todas as doenças, não apenas a covid-19. Há pouco mais de duas semanas, as taxas eram de 41% e 63%, respectivamente. A rede estadual tem atualmente 2.347 pacientes internados.
Foram abertos em todo o estado do Rio de Janeiro, até o momento, 724 novos leitos para tratamento de pacientes suspeitos ou confirmados da covid-19. Entre eles, 572 são em hospitais de referência para o tratamento de coronavírus, sendo 287 UTIs e 285 enfermarias.
Os próximos leitos que entrarão na rede estadual são os do Hospital de Campanha do Maracanã, na zona norte da cidade, que tem previsão de inauguração nos primeiros dias de maio. A unidade terá 400 leitos, 80 deles de UTI. Além disso, a secretaria trabalha com a previsão de mais 1.400 leitos, referentes a outros sete hospitais de campanha, e uma estrutura modular que serão inaugurados, de forma gradativa, ao longo do mês que vem. As inaugurações vão ocorrer de acordo com a evolução da pandemia.
Fonte: Agência Brasil
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