Ajustes na economia dos municípios. São Francisco suspende contratos de servidores por 15 dias
O quadro econômico dos municípios brasileiros começa a se agravar e o pagamento de salários começa a ficar comprometido em algumas cidades. Em São Francisco de Itabapoana, cidade localizada no norte do Estado do Rio de Janeiro, a Prefeita Francimara Barbosa Lemos informou na noite desta terça-feira (12/05) que medidas administrativas serão tomadas nas próximas horas com objetivo de reduzir a folha de salários de servidores.
Entre as medidas está a suspensão, pelo período de 15 dias de servidores contratados e que não estão trabalhando devido ao surto da COVID-19. Ela informou também que os salários de secretários já foram reduzidos no inicio da Pandemia e que irá reduzir o próprio salário e o salário do vice-prefeito.
A medida, segundo a prefeita, é devido a queda de arrecadação e visa ajustar as contas nesse período de pandemia, para evitar demissões em massa. A medida afetará apenas os servidores contratados. “Quem está trabalhando fique tranquilo, continue trabalhando”, disse a prefeita. Ela disse ainda que nenhum servidor terá seus salários reduzidos como foi divulgado em grupos de whatsapp. “Nós vamos suspender por 15 dias os contratos de quem não está trabalhando e vamos avaliando a situação”, disse. A prefeita não deu mais detalhes sobre as medidas de ajuste econômico, tais como número de servidores que terão seus contratos suspensos e qual será o impacto econômico na folha. Não informou também o percentual de queda de receita, porém afirmou que nesta quarta-feira(13) estaria passando maiores detalhes.
Repasse do Governo Federal
Enquanto os municípios ajustam as suas finanças a nova realidade de recessão econômica, os prefeitos aguardam ansiosos pelo repasse de auxilio aos municípios que já foi aprovado pelo congresso, mas que aguarda ainda a sanção pelo presidente Jair Bolsonaro. O Blog do Carlos Jorge, em contato com a Associação Nacional dos Prefeitos, fomos informados que o repasse deve acontecer em 4 parcelas e a primeira parcela deve sair em no máximo 10 dias.
No estado do espírito santo, por exemplo, a queda no repasse dos municípios no mês de abril alcançou 31 milhões de reais. Para algumas prefeituras capixabas esse repasse do governo federal não será suficiente para cobrir o rombo provocado pela queda na arrecadação e sustenta a situação econômica das cidades por no máximo 90 dias e se o país não retomar as atividades, a situação poderá se agravar ainda mais.
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