Hospital de Campanha de Campos tem inauguração adiada mais uma vez

O Hospital de Campanha do Governo do Estado construído em Campos deve ser inaugurado somente na próxima segunda-feira (25), após ter a inauguração ser adiada mais uma vez. Outros hospitais construídos pelo Governo do Estado para receber pacientes com Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, também tiveram a data adiada.

Além disso, nem todos os leitos de UTI dos hospitais de campanha sob responsabilidade do governo do RJ vão ganhar respirador. Dos 520 leitos anunciados nas unidades do Maracanã, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Campos e Casimiro de Abreu, só metade vai contar com o aparelho. Os respiradores são fundamentais no tratamento dos pacientes graves de Covid-19.

Esses seis hospitais de campanha do Governo Estadual custaram R$ 770 milhões e são geridos pela Organização Social Iabas. A Iabas explicou que a conta dos respiradores foi baseada em uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada há 10 anos. A regra da Anvisa estabelece um respirador para cada dois leitos de UTI e uma reserva operacional de um aparelho para cada cinco leitos.

‘Insuficiente’
Segundo Rogério Silveira, representante da Associação Brasileira de Medicina Intensiva, nos casos de coronavírus, a medida da Anvisa não deveria valer – já que todos os doentes graves precisam de respiradores.

“Uma situação de pandemia, onde a quantidade de pacientes de falência respiratória chega o tempo todo a essa quantidade absurda, a recomendação da Anvisa não é suficiente. Isso representa a morte de pacientes”, afirmou.

“A preocupação maior neste momento, mais do que disponibilidade de ventilação mecânica, é pessoal qualificado para manipular o ventilador, médico e fisioterapeuta”, acrescentou Rogério Silveira.

Entrega dos hospitais:
21/5 – quinta – São Gonçalo e Nova Iguaçu
22/5 – sexta – Maracanã – parte II
24/5 – domingo – Nova Friburgo
25/5 – segunda – Campos dos Goytacazes
26/5 – terça – Duque de Caxias
27/5 – quarta – Casimiro de Abreu

A reportagem do Jornal Terceira Via tentou contato com a Secretaria Estadual de Saúde para tentar mais informações sobre a situação, mas ainda não teve resposta.

 

Com informações do G1

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