Comissão que analisará impeachment do governador do Rio tem só dois governistas

    Os 25 parlamentares que integram a comissão especial que vai elaborar o parecer no processo de impeachment do governador Wilson Witzel vão se reunir nesta quinta-feira pela primeira vez na Assembleia Legislativa do Rio. O placar começará desfavorável ao governador: entre os integrantes do grupo, há apenas dois deputados da base do governo, Dionísio Lins (PP) e Léo Vieira (PSC). Oito são de oposição declarada e 15, apesar de considerados neutros, também apoiaram a abertura do processo.

   Entre os parlamentares que irão analisar a defesa de Witzel, há dois que recentemente tiveram problemas com a Justiça e assumiram os mandatos após serem presos: Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius Neskau (PTB). Investigados na Operação Furna da Onça, ambos são os únicos representantes de seus partidos na Alerj. Por isso, obrigatoriamente, precisam fazer parte da comissão.

Entre os membros do grupo que começa a analisar as denúncias no Palácio Tiradentes, há a percepção que apenas uma defesa muito consistente do governador poderá livrá-lo do afastamento.

— Pode ser que a defesa melhore a situação ou que fatos surjam e ainda piorem as coisas. O governo está mostrando um derretimento muito antes do tempo, mas fez por merecer isso — avalia o deputado Luiz Paulo (PSDB), um dos autores do pedido de impeachment.

Segundo parlamentares, o governo apresenta nítidos sinais de esgotamento. Um dos princípios indícios, diz um deputado que já foi da base, é que Witzel tem tido dificuldade para conseguir um novo líder na Casa. Em maio, Márcio Pacheco, do mesmo PSC do governador, entregou o posto após as exonerações dos secretários da Casa Civil, André Moura (PSC), e da Fazenda, Luiz Claudio de Carvalho.

Fonte: Extra

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