Após diagnóstico positivo de Bolsonaro, treze ministros fazem teste de covid-19

Paulo Guedes (Economia), Luiz Eduardo Ramos (Secretária de Governo), Braga Netto (Casa Civil), Levi Mello (AGU), Marcelo Alvaro Antonio (Turismo), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Roberto Campos Neto (Banco Central) realizaram testes rápidos, que deram negativo.

Fernando Azevedo (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), André Mendonça (Justiça) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) realizaram teste molecular, pelo método RT-PCR, e aguardam o resultado do exame. Mendonça também fez um teste rápido, que deu negativo.

O teste RT-PCR de Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) deu negativo. 

Paulo Guedes esteve com Bolsonaro ao menos sete vezes nos últimos 14 dias, período máximo de incubação do novo coronavírus até que o paciente comece a apresentar os sintomas. A mais recente foi nesta segunda-feira, 6, numa reunião no Palácio do Planalto, quando o presidente já apresentava sinais da doença.

Outro dos compromissos foi a cerimônia de prorrogação do auxílio emergencial, em 30 de junho, em que ambos estavam de máscara, mas trocaram um aperto de mãos. Na fase pré-sintomática, uma pessoa contaminada já pode transmitir o vírus mesmo sem apresentar sinais da doença. Diante da inexistência de uma vacina, autoridades sanitárias recomendam que as pessoas evitem o contato e mantenham distanciamento social.

Bolsonaro começou a apresentar sintomas de covid-19 no domingo e confirmou hoje que contraiu a doença. Segundo especialistas, o período de incubação (intervalo entre a contaminação e o início dos sintomas) pode variar de 2 a 14 dias, com média de 5 dias.

De acordo com informações da agenda pública de Guedes, além da cerimônia do auxílio emergencial, o ministro teve quatro reuniões com Bolsonaro no Palácio do Planalto, em 23, 24 e 25 de junho e hoje, 6 de julho. Guedes também acompanhou o presidente, no Planalto, numa videoconferência da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul na última quinta-feira, 2 de julho. Na ocasião, o ministro sentou ao lado de Bolsonaro.

Na última sexta, 3 de julho, Guedes esteve novamente com Bolsonaro para uma reunião com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. O encontro mais recente entre o ministro e o presidente da República foi ontem, no Palácio do Planalto. Bolsonaro, com 65 anos, e Guedes, de 70 anos, fazem parte do chamado grupo de risco para o coronavírus. A população acima de 60 anos é considerada mais vulnerável à doença.

Desde o início da pandemia, Guedes tem evitado compromissos presenciais e dá preferência a reuniões por videoconferência, inclusive com seus secretários e assessores. As exceções são os compromissos com o presidente e, mais recentemente, reuniões com parlamentares, ocasiões em que Guedes costuma ser visto usando máscara.

Bolsonaro, porém, não é usuário tão assíduo da proteção, apesar de o uso ser obrigatório em locais públicos no Distrito Federal. No mês passado, a Justiça chegou a conceder uma liminar obrigando o presidente a usar a máscara, mas essa decisão foi derrubada posteriormente pela desembargadora Daniele Maranhão Costa, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Todos os três ministros seguem despachando no Palácio do Planalto.  Segundo a agenda oficial, o presidente ainda teve reunião com os ministros Paulo Guedes (Economia), Levi Mello (Advocacia-Geral da União) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), que já contraiu a doença.  

Toffoli deseja ‘o pronto restabelecimento do presidente’

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, disse em nota que deseja “o pronto restabelecimento do presidente Jair Bolsonaro e dos demais brasileiros que enfrentam hoje a covid-19”.  “Uma sociedade livre não se constrói com ódio e intolerância, mas com respeito à diversidade, elemento essencial à convivência democrática”, escreveu Toffoli.

Para o presidente do STF, “somente um processo de pacificação cicatrizará as feridas deixadas por essa pandemia”, que já tirou 66.868 vidas no Brasil. “Em nome pessoal e do Poder Judiciário, trabalhamos pela vida e pela paz”, ressaltou.

Fonte: Estadão

Um comentário

Anônimo disse...

Agora ficou difícil. O camarada fala mentira o tempo todo, como acreditar que é verdade?