Cardoso Moreira, SJB, SF e Bom Jesus têm maiores acelerações da pandemia na última semana
O levantamento semanal do Painel Covid-19 Norte e Noroeste Fluminense mostra que Cardoso Moreira, São João da Barra, São Fidélis e Bom Jesus do Itabapoana foram os municípios da região com as maiores taxas de aceleração da pandemia entre 12 de julho e o último sábado (18). Neste mesmo período, Miracema e Macaé registraram as maiores quedas nos números de novos casos de coronavírus.
Para este levantamento, o Painel utiliza como critério para aceleração da pandemia os municípios que tiveram mais de dez casos em uma semana. As cidades que registraram uma redução superior dez casos estão classificados em desaceleração, enquanto as que ficaram no meio termo estão em estabilidade.
Depois de contabilizar um pico de 43 novos casos entre 21 de junho e 04 de julho, Cardoso Moreira vinha em uma tendência de queda no número de infectados a cada sete dias. No entanto, o índice saltou de sete pacientes diagnosticados para 19 na última semana. Numericamente, os 12 casos a mais não representam um grande número em comparação com outras cidades, mas, dentro dos critérios adotados pelo levantamento, o percentual de crescimento foi de 171,4%.
Assim como Cardoso, São João da Barra também vinha com tendência de desaceleração no mesmo período, mas o município contabilizou números preocupantes na última semana. Foram 73 infectados entre 12 e 18 de julho, 31 a mais do que nos sete dias anteriores. O aumento foi de 73,8%. Além disso, SJB teve sete mortes causadas pela Covid-19 na semana passada, elevando o total para 19.
Outra cidade que também entrou em alerta por causa do aumento na quantidade de contaminados foi São Fidélis. O município registrou um grande número de casos da doença logo no início da pandemia na região, mas vem enfrentando uma segunda onda ainda pior.
Já são cinco semanas seguidas com tendência de alta e, pela segunda seguida, o recorde de novos casos foi batido. Foram 96 infectados entre 12 e 18 de julho, um crescimento de 43,3% em relação aos sete dias anteriores, entre 05 e 11 de julho.
Referência para o tratamento da Covid-19 no Noroeste Fluminense junto com Itaperuna, Bom Jesus do Itabapoana vive um momento de preocupação também por causa do avanço do coronavírus. Foram 144 novos casos da doença na última semana, um recorde desde o início da pandemia. Apenas Macaé (296), Campos (203) e Itaperuna (203) tiveram mais registros entre 12 e 18 de julho.
O índice representa 25,2% de aumento em relação à semana anterior, que já havia sido a pior em Bom Jesus até então, com 115 casos confirmados. Além disso, o Hospital São Vicente de Paulo só possui um leito de UTI disponível para pacientes com Covid-19, segundo o boletim divulgado no sábado (18).
Campos, com 13,4% e Itaperuna, com 10,3%, foram os outros municípios do Norte e Noroeste Fluminense que apresentaram aceleração na quantidade de casos confirmados na última semana.
Em queda
Ao todo, cinco municípios registraram desaceleração nos números de novos infectados entre os dias 12 e 18 de julho. Miracema foi o que teve maior índice, com -75% de registros em relação à semana anterior. Depois de chegar ao pico da doença, até o momento, com 48 casos confirmados entre 05 e 11 de julho, a Secretaria Municipal de Saúde contabilizou 12 pessoas diagnosticadas com Covid-19 na última semana.
Na sequência está Macaé. Cidade com mais casos na região, vem realizando testagem em massa da população, o que fez os números da doença dispararem. Chegaram a ser registrados 1.158 infectados apenas entre 28 de junho e 04 de julho. Nos sete dias seguintes, houve uma redução para 885 novos casos e, na última semana, o índice alcançou um patamar pré-testagem em massa, com 296 diagnósticos positivos. A queda foi de 66,5%.
Também apresentaram desaceleração da pandemia os municípios de São Francisco de Itabapoana, com -25%; Itaocara, com -20,4%; e Conceição de Macabu, com -17,2%.
Já as cidades de Cambuci, Carapebus, Italva, Laje do Muriaé, Natividade, Porciúncula, Quissamã, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai estão em estabilidade, com menos de dez casos a mais ou a menos em relação a semana anterior. Porém, chama a atenção a situação de Porciúncula, que está em estabilidade em um nível alto, com 58 novos casos entre 12 e 18 de julho, um recorde desde o início da pandemia.
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