Distribuidoras poderão voltar a cortar energia por falta de pagamento
Com a declaração da pandemia do novo coronavírus pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), a Aneel havia aprovado, temporariamente, a
proibição de cortes por falta de pagamento entre 24 de março e 31 de julho para
todos os consumidores. Esse foi o período mais crítico da pandemia, quando
diversos municípios e Estados adotaram medidas de isolamento social.
Relatora do processo, a diretora Elisa
Bastos Silva reconheceu que as dificuldades econômicas e financeiras da
população em razão da pandemia continuam, mas ponderou que a principal
ferramenta das concessionárias de distribuição para evitar a inadimplência é o
corte do fornecimento. A Aneel manteve também o direito das distribuidoras de
cobrar taxa de religação após a regularização da situação de inadimplência.
Silva disse
ainda que já existam políticas públicas para atender a população mais
vulnerável, como o auxílio emergencial. Ainda assim, a Aneel aceitou estender a
suspensão de cortes para as 9,5 milhões de famílias de baixa renda enquadradas
no programa Tarifa Social até 31 de dezembro – período de vigência do decreto
de calamidade pública.
As
distribuidoras deverão mandar aviso aos consumidores sobre a retomada dos
cortes de fornecimento. A diretora lembrou, porém, que as empresas deverão
cumprir uma nova lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair
Bolsonaro, que proíbe o desligamento de serviços públicos na sexta-feira,
sábados, domingos, feriados e no dia anterior ao feriado.
A agência decidiu ainda que as
empresas devam retomar, a partir de 1º de agosto, o atendimento telefônico
humano e também o atendimento físico nas lojas presenciais, caso não haja
impedimento determinado pelas autoridades locais. Nos primeiros meses da
pandemia, as concessionárias puderam manter apenas atendimentos digitais, por
telefone e internet.
Fonte: Exame
Nenhum comentário
Postar um comentário