Vacina de Oxford pode ser distribuída em junho do ano que vem no Brasil
A vacina de Oxford, feita em parceria com a empresa anglo-sueca AstraZeneca, é uma das três opções que estão atualmente na última fase de testes segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). As outras são a da americana Moderna e a chinesa Sinovac, que também será testada no Brasil. Para a OMS, a vacina britânica é a opção mais avançada no mundo em termos de testagem.
A AstraZeneca e Oxford testarão sua vacina em mais de 50.000 pessoas no mundo todo. No Brasil, serão 5.000 voluntários testados em São Paulo, na Bahia e no Rio de Janeiro. Antes a previsão da empresa anglo-sueca era que a vacina ficaria pronta já neste ano.
Os dados iniciais sobre os testes da vacina serão publicados na próxima segunda-feira, 20, na conceituada revista científica The Lancet.
“Esperamos que este artigo, que está passando por edição e preparação final, seja publicado na segunda-feira, 20 de julho, para divulgação imediata”, disse uma porta-voz da publicação à agência de notícias Reuters.
Para uma vacina ser aprovada e distribuída, ela precisa passar por três fases de testes. A fase 1 é a inicial, quando as empresas tentam comprovar a segurança de suas vacinas em seres humanos; a segunda é a fase que tenta estabelecer que a vacina produz, sim, imunidade contra um vírus, já a fase 3 é última fase do estudo, tenta demonstrar a eficácia da vacina. Para que uma vacina seja finalmente disponibilizada para a população, é necessário que essa fase seja finalizada e que a proteção receba um registo sanitário. Por fim, na fase 4, a vacina é disponibilizada para a população.
Em junho, o governo brasileiro anunciou uma parceria com Oxford para a produção de 100 milhões de doses uma vez que a vacina for aprovada.
Nunca antes foi feito um esforço tão grande para a produção de uma vacina em um prazo tão curto — algumas empresas prometem que até o final do ano ou no máximo no início de 2021 já serão capazes de entregá-la para os países. A vacina do Ebola, considerada uma das mais rápidas em termos de produção, demorou cinco anos para ficar pronta e foi aprovada para uso nos Estados Unidos, por exemplo, somente no ano passado.
Fonte: Exame.
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