Caçada a criminoso se transforma em disputa política
Há dez dias, 300 policiais promovem um cerco no entorno do Distrito Federal na tentativa de capturar um criminoso acusado de praticar uma série de crimes. Lázaro Barbosa de Souza, de 32 anos, é suspeito cometer assassinatos e estupros em pelo menos três estados da federação. As buscas se concentram numa região de mata fechada próxima a Brasília, onde o suspeito matou a tiros toda uma família. A caçada, como quase tudo hoje em dia, descambou para o embate político.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que estava impressionado com a demora em prender o criminoso. “Espero que isso aconteça o mais rápido possível, para que a gente possa tranquilizar as famílias daquela região e dar a punição devida a esse marginal que vem causando tanto mal e que vem fazendo a polícia do Distrito Federal e do Goiás quase como de bobas”, disse o governador.
Irritado com as declarações de Ibaneis, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), disparou no Twitter: “Que Ibaneis não se atreva a desrespeitar policiais goianos, os melhores do País, novamente. Não admito. Se ele trata policiais do DF com grosseria, minha solidariedade a eles. Em Goiás a polícia é nosso orgulho. Trabalha sério para prender o facínora sem produzir mais vítimas”, escreveu Caiado.
O presidente Bolsonaro, por sua vez, aproveitou para defender a política de armamento. “Esse elemento tentou entrar numa chácara e foi repelido porque o cara tinha uma calibre doze lá dentro. Os bandidos estão armados, você não tem paz nem dentro de casa. Eu não consigo dormir, apesar de uma segurança enorme aqui no Alvorada, sem ter uma arma do meu lado", disse Bolsonaro, que tem uma pistola sob o travesseiro.
Na sequência, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que é general da reserva, também não perdeu a oportunidade de comentar a fuga de Lázaro: “A polícia tem tropa especializada, principalmente na área em que ele está, de mato cerrado, não é simples você achar uma pessoa. Uma área larga, você tem que isolar. Primeiro, se faz um cerco longo, depois você vai dividindo por quadrante e vai vasculhando até achar o cara. É igual a buscar leão na selva, vai batendo mato, operação demorada”, disse Mourão.
Fonre: Veja
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