Justiça determina transferência de presídio para Flordelis

Ex-deputada não pode ficar junto de outras rés no processo da morte do pastor Anderson

A Justiça do Rio determinou, nesta terça-feira (17), a transferência de presídio da ex-deputada federal Flordelis, presa pela morte do então marido, o pastor Anderson do Carmo.

Flordelis será levada do Instituto Penal Santo Expedito, onde está desde sexta-feira (13), para o Talavera Bruce. Ambas as unidades ficam no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.


Uma ordem judicial proíbe o contato entre Flordelis e as quatro demais rés do processo.

Até esta terça, estavam na Santo Expedito: Flordelis, a neta Rayane dos Santos Oliveira e Andreia Santos Maia, mulher do ex-PM Siqueira Costa – acusada de fraudar carta em que filho do casal confessa morte de pastor.

A decisão desta terça foi da juíza Nearis Carvalho Arce, titular da 3ª Vara Criminal de Niterói – a mesma que determinou a prisão de Flordelis.

No despacho, a juíza argumenta que, apesar do pedido dos advogados de acusação para que ela fosse para a Unidade Prisional Nilza da Silva Santos, em Campos, no Norte Fluminense, a Seap enviou ofício afirmando que as rés estavam "acauteladas em diferentes galerias, sem qualquer contato entre si".

Também estão em Bangu outras duas rés – são 5 mulheres entre os 11 acusados: Marzy Teixeira da Silva, na Talavera Bruce; e Simone dos Santos Rodrigues, no Instituto Penal Oscar Stevenson.

A magistrada determinou que Marzy, filha de Flordelis, seja levada para o Santo Expedito – de onde sairá a ex-deputada – em galeria separada de qualquer outra ré do processo.

"Diante do número reduzido de unidades prisionais destinadas a detentas do sexo feminino, aliado ao número de rés presas no presente feito; cinco, não se faz possível o cumprimento stricto sensu da determinação deste Juízo quanto à manutenção das denunciadas em unidades prisionais diversas", escreve a magistrada. ACESSE O NOSSO INSTAGRAM

A juíza explica a negativa do pedido da transferência para Campos. "Mostra-se inadequada, especialmente em razão da distância desta comarca em relação àquela."

A magistrada também reforçou a proibição de qualquer contato entre os réus do processo.

Flordelis é acusada da ser a mandante do assassinato do pastor Anderson, morto a tiros em junho de 2019 no portão da casa da família, em Niterói.

Ela responderá por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima –, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Flordelis nega o crime.

Fonte: G1
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