Petrobras anuncia investimentos de R$ 13 bilhões para a Bacia de Campos


Há 44 anos era criada a Bacia de Campos, que colocou a Petrobras já na condição da maior empresa especializada em exploração de petróleo em águas profundas. Nos anos 90, a Bacia de Campos colocou o Brasil na condição de autossuficiente em produção de petróleo e gás natural. O gerente geral da Unidade de Exploração e Produção da UN-BC da Bacia de Campos, Suen Marcet Santiago de Macedo, revelou que a empresa parte para mais uma etapa, com investimentos de R$ 13 bilhões até 2025.ACESSE O NOSSO INSTAGRAM

 A Bacia de Campos mudou a história do Brasil e também dos municípios fluminenses como a própria Campos, Macaé, Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Carapebus, Casimiro de Abreu, Quissamã, Rio das Ostras, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra e Saquarema. Soma-se a esses Niterói e Maricá.

A Bacia de Campos passou a ser polo de inovações em águas profundas que projetou a Petrobras internacionalmente. Lançando as bases tecnológicas para a descoberta do pré-sal. No Estado do Rio, tanto no pós-sal quanto no pré-sal, são mais de 270 poços produtores e 28 plataformas marítimas.

No dia 13 de agosto, a Bacia de Campos completou 44 anos de produção. Para comemorar, foram relevados alguns presentes como dois contratos para fornecimento de linhas flexíveis que serão utilizadas no projeto de revitalização da produção dos campos de Marlim e Voador. Os contratos foram assinados em junho. Do total de 448 km de linhas flexíveis do projeto, 280 km foram contratados junto à empresa NOV e 168 km com a Baker Hughes. Além disso, o projeto operado 100% pela Petrobras prevê a instalação de duas novas plataformas do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenagem e transferência de óleo) na área Norte (Módulo 1) e na área Sul (Módulo 2) do campo de Marlim, estendendo a produção por mais 27 anos. Os novos sistemas possibilitarão a ampliação da produção atual de Marlim e Voador dos cerca de 45 mil boepd (barris de óleo equivalente por dia) para cerca de 153 mil boepd, oferecendo uma importante frente de aprendizado e conhecimento para outros projetos de revitalização.

“São US$ 13 bilhões em investimentos programados pelos próximos cinco anos somente na Bacia de Campos, com foco em ativos estratégicos para manter a sustentabilidade da nossa produção”, reiterou Suen Marcet Santiago de Macedo.

A Petrobras também preparou uma plataforma para o complexo integrado do Parque das Baleias, na porção capixaba da Bacia de Campos, com potencial de produzir 100 mil bpd. Outra frente será a interligação de mais de 100 novos poços aos sistemas já instalados na bacia. Em paralelo, ainda estão sendo concentrados esforços na perfuração de 20 novos poços exploratórios da bacia.

Gigante em águas profundas

Se hoje o Brasil figura no seleto grupo dos maiores produtores de petróleo e gás offshore, isso se deve muito à Bacia de Campos. Os números impressionam. Do primeiro óleo aos dias de hoje, foram nada menos que 14 bilhões de barris de óleo e gás (boe) acumulados. A região responde atualmente por cerca de 30% de toda a produção nacional e ainda há muito potencial a desenvolver. Com 25 unidades em produção, essa bacia ocupa uma área que vai do Espírito Santo, na altura de Vitória, até Arraial do Cabo, no litoral norte do Rio de Janeiro. São 281 poços produtores em operação e 7 mil colaboradores trabalhando nas mais diversas frentes de atuação.

Polo de inovações internacional

Foi na Bacia de Campos que a Petrobras colocou em operação o primeiro FPSO (unidade flutuante de produção, armazenagem e transferência de óleo) do mundo e desenvolveu tecnologias que reconfiguraram a indústria de petróleo e gás offshore.

Ao longo dos últimos anos, a Petrobras anunciou uma sucessão de novas descobertas: os resultados alcançados nos poços de Brava (campo de Marlim); Tracajá (Marlim Leste); Poraquê Alto (Marlim Sul); Carimbé (Caratinga) e Náutilus (Barracuda) motivaram equipes de geólogos e geofísicos a continuar prospectando essa região em busca de óleo novo. Em janeiro deste ano, foi a vez do poço pioneiro e Urissanê, operado em parceria com a Exxon no pré-sal da Bacia de Campos, a cerca de 200 km da costa.

Leilões e Campos maduros

A participação da Petrobras nos últimos leilões de blocos exploratórios promovidos pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi intensificada. Somente as áreas adquiridas entre 2017 e 2019 ocupam uma extensão de 13 mil km², o equivalente a uma nova Bacia de Campos.

“Se a Bacia de Campos produz hoje 800 mil boe (barris de óleo equivalente) por dia, é porque investimos maciçamente em sua revitalização. Para se ter ideia, se não tivéssemos aplicado recursos em sua recuperação, ela estaria produzindo hoje 300 mil boe por dia. Como a Bacia de Campos é madura, seus campos já atingiram o auge de sua produção – e hoje estão em fase de declínio, num processo natural que ocorre em todo ativo de petróleo e gás. Para reverter a curva de declínio, a estatal investiu nos últimos 10 anos US$ 53 bilhões nessa bacia, colocando em operação 269 poços, além de 10 novos sistemas de produção”, comentou Suen Marcet Santiago de Macedo.

Fonte: Terceira Via

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