Lula aumenta vantagem e lidera nas intenções para primeiro e segundo turnos
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece em liderança absoluta no primeiro e segundo turnos das eleições 2022, conforme mostra a pesquisa de intenção de votos feita pela Ipespe (ex-Ibope) e divulgada nesta sexta-feira (26). Segundo o instituto, Lula se manteve estável na pesquisa estimulada em relação a outubro, com 42% das intenções de voto, enquanto o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi de 28% para 25%. A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 24 de novembro e ouviu 1 mil entrevistados. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou menos. Para o cientista político Vitor Peixoto, o cenário é "bastante" desfavorável para o atual presidente. Siga nosso Instagram com conteúdos exclusivos
Os números mostram, ainda, o nome do ex-juiz Sérgio Moro com 11% das intenções, seguido de Ciro Gomes (PDT) que obteve 9%. Já Doria (PSDB) se manteve com 2%. Mandetta e Rodrigo Pacheco ficaram empatados com 1%.
Na espontânea, Lula também lidera com 32%, seguido de Bolsonaro com 22%. Ciro Gomes e Moro se mantiveram empatados com 3%. João Doria teve 1%. Marina Silva, Eduardo Leite e Datena aparecem com 0%. Do total de entrevistados, 13% optaram no voto nulo ou branco e 25% não souberam responder.
Em relação ao segundo turno, Lula venceria todos os candidatos e Moro aparece como o candidato mais forte frente ao ex-presidente, com 34% das intenções de voto frente 51% do petista. Bolsonaro perderia com 32% a 52%, enquanto Ciro Gomes seria derrotado com 27% a 50%.
Em relação à disputa de Lula contra os possíveis candidatos do PSDB, João Doria e Eduardo Leite, nulos superariam os votos nos tucanos. Nesse cenário, o governador de SP perderia com 22% frente a 51%, e Leite seria derrotado com 20% a 52%.
Se Bolsonaro fosse para o segundo turno em vez de Lula, o presidente da República perderia para Moro, Ciro e Dória e empataria contra Leite.
Entre os anseios dos eleitores em relação aos candidatos, 40% dizem respeito a pautas econômicas, com inflação e custo de vida, desemprego, fome e salários entre as principais preocupações econômicas.
Cientista político avalia números
Para o cientista político Vitor Peixoto, o cenário é estável. "Avalio como um cenário muito estavel e bastante desfavorável ao Presidente, principalmente, por estarmos no final de ano que é uma época conhecidamente em que as avaliaçoes de governo tendem a melhorar por vários motivos que tem a ver com o aquecimento sazonal da economia. Mas este fenomeno nao ocorreu o Bolsonaro continua muito mal avaliado", disse.
Ele destacou ainda que a baixa proporção de indecisos impressiona e que a exposição de Moro não surtiu o efeito desejado. "Por outro lado, a super exposição do ex-mininstro Moro na mídia produziu menos crescimento do que o esperado. O cenário parece muito cristalizado até aqui. O que realmente impressiona é a baixa proporção de indecisos nas pesquisas espontâneas - o que deveria ser o dobro do que temos observado. Isso provavelmente tem a ver com o grau de conhecimento dos principais candidatos e da antecipação do jogo eleitoral promovido pelo presidente que esta em campanha desde o primeiro dia de seu governo", argumentou ao acrescentar que: "Ao que tudo indica, o final do ano de 2021 será bastante monótono do ponto de vista eleitoral. O momento é mais de estabilidade da opinião pública do que de mudanças".
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