Golpe do 'dinheiro esquecido': mais de 560 mil pessoas teriam sido vítimas


Desde que o Banco Central (BC) anunciou, no dia 24 de janeiro, que consumidores poderiam reaver ''dinheiro esquecido'' nos bancos, empresas de cibersegurança identificaram sites e aplicativos falsos que estão utilizando o assunto para atrair vítimas. Segundo cálculos da Psafe — a unidade especializada em cibersegurança do grupo CyberLabs —, em menos de um mês, sites falsos já teriam vitimado mais de 560 mil pessoas. A empresa informou que a estimativa leva em consideração o número de usuários de Android no país, que seriam 131,1 milhões, de acordo com o IBGE.

"Os cibercriminosos utilizam temas de grande repercussão, como este caso para atrair o interesse do público. Não é à toa que identificamos números bem altos de projeção de vítimas em tão pouco tempo: um site com mais de 567 mil, outro com mais de 308 mil e um terceiro com mais de 180 mil", destaca o executivo-chefe de cibersegurança da PSafe, Emilio Simoni.

Ainda circulam nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens, links e informações que prometem consultar e até sacar via Pix valores disponíveis em bancos. O Banco Central tem uma ferramenta própria e oficial que permite o resgate de valores esquecidos em instituições financeiras.

As mensagens com os links falsos geralmente chegam por meio de aplicativos de mensagens ou redes sociais, com a mensagem de que no link informado será possível consultar o valor e transferir para a conta do destinatário.

"Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que só há um site disponível para esse serviço, então consulte sempre a fonte oficial. Essas mensagens são phishings e utilizadas para que as vítimas forneçam dados sensíveis, como nome, CPF ou dados da conta bancária para que os criminosos possam aplicar seus golpes", alerta Emilio Simoni.

Apesar de menos comum, as mensagens podem chegar também por outros meios, como e-mail ou SMS.

"Como temos uma engenharia social cada vez mais qualificada, é possível que uma pessoa receba um e-mail com seu nome e CPF, indicando que ele tem uma quantia a receber e que, para transferi-la, basta acessar o site, que é falso. E neste momento, a vítima fornece ainda mais dados para que os golpistas consigam aumentar suas bases de dados e, assim, aplicarem ainda mais golpes, pois temos sites pedindo inclusive número da chave do Pix", ressalta o executivo.

Falsas consultas

Golpistas lançaram sites e aplicativos para falsas consultas. São golpes de engenharia social, enviados por e-mails ou WhatsApp com mensagens do gênero: "Veja aqui se você tem dinheiro a ser recebido".

O objetivo é tentar acesso a dados pessoais da vítima e contas bancárias.

Os usuários devem se certificar de que o endereço eletrônico de consulta é seguro. Uma das formas de verificar isso é observar se antes do domínio da página visitada aparece a sigla https://.

É importante conferir se o domínio é o oficial do governo e buscar por selos de segurança.

A ideia não é movimentar o saldo das contas, porque às vezes o valor é irrisório. A vítima é induzida a fornecer informações pessoais, dados bancários, como agência e conta, e data de nascimento. Depois, esses dados são usados para outros golpes.

Como se proteger

O único site para consulta e solicitação do dinheiro é valoresareceber.bcb.gov.br.

O Banco Central não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais.

Nunca clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram.

Não faça qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. É golpe!

COMO PROCEDER

Passo a passo para a abrir a conta Gov.br

A criação da conta Gov.br é necessária e gratuita. O sistema unifica diversos serviços públicos como acesso às informações do INSS, do SUS e do Denatran, assim como carteira de trabalho digital, entre outros serviços.

Quem ainda não tem conta pode fazer o cadastro no site https://sso.acesso.gov.br ou no aplicativo Gov.br.

Como aumentar o nível da conta Gov.br

A conta gov.br tem três níveis de segurança e acesso: bronze, prata e ouro.

Ao ser criada via formulário on-line do INSS ou da Receita Federal, por exemplo, a conta Gov.br começa no nível bronze, que dá acesso apenas parcial aos serviços digitais do governo e cujo grau de segurança é considerado básico.

Ao fazer o login no Gov.br, o cidadão já é informado do nível da conta. Para aumentá-lo, basta seguir as instruções ou entrar em "Privacidade/Selos de Confiabilidade".

Como obter o nível prata

O nível prata é obtido por meio de:

-Validação facial pelo aplicativo Gov.br para conferência da sua foto nas bases da Carteira de Habilitação (CNH)

- Validação dos dados pessoais via internet banking de um banco credenciado

- Validação dos dados com usuário e senha do Sigepe, no caso de servidor público federal

Como obter o nível ouro

O nível ouro é obtido por meio de:

- Validação facial pelo aplicativo Gov.br para conferência da sua foto nas bases da Justiça Eleitoral

- Validação dos seus dados com certificado digital compatível com ICP-Brasil

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