Golpes virtuais de estelionato cresceram 90% às vésperas do carnaval
Um levantamento feito pela Psafe detectou que as tentativas de golpes virtuais de estelionato cresceram 90% na véspera do carnaval em relação à semana anterior, totalizando 790 mil tentativas de fraude.
O CEO da empresa, Marco DeMello, faz um alerta especial para as
empresas. Com muitos colaboradores em home-office, parte deles pode fazer uso
de uma internet pública, como a de um hotel, e ficar exposto a riscos de segurança
que transcendem o seu dispositivo.
"Por que as empresas estariam vulneráveis a esses
ataques? Os ataques são iniciados por algum dispositivo conectado ao sistema de
uma empresa, como o celular ou notebook de um colaborador. Sabendo disso, os
cibercriminosos têm direcionado suas tentativas, com e-mails falsos, mensagens
fraudulentas, SMS, entre outros, tudo na tentativa de que algum colaborador
baixe o arquivo malicioso e eles iniciem, assim, seu ataque. Basta apenas um
clique para pôr em risco toda uma operação empresarial”, enfatiza o CEO.
Cuidados para se proteger
1.
Identifique se a conexão é segura
Primeiramente, verifique se a rede wi-fi que está se conectando
é protegida por meio de senha ou cadastro. Se ela não exigir nenhum dos dois,
está aí um alerta para você. Roteadores desprotegidos representam uma ameaça
aos dispositivos, pois os cibercriminosos podem criar um ponto de acesso de
wi-fi gratuito e coletarem todos os dados que você transmitir, incluindo logins
em contas e e-mails.
Há ainda outro agravante: há redes maliciosas que utilizam uma
tática chamada “spoofing”, onde você é direcionado a uma página falsa idêntica
a uma original e que pode pedir para você inserir dados sensíveis e até mesmo
senhas, podendo ocasionar diversos prejuízos, inclusive financeiros.
2.
Não acesse aplicativos bancários de redes públicas
Mesmo que a conexão pareça segura, nunca utilize aplicativos ou
sites bancários de uma rede wi-fi pública. Muitas destas redes oferecem
potencial perigo tendo em vista que parte dos estabelecimentos pode manter as
configurações originais de fábrica do roteador, incluindo nome e senha.
3.
Eduque os funcionários
Muitas empresas acreditam que seus funcionários jamais clicariam
em links duvidosos ou baixariam arquivos maliciosos. Esse é um erro que pode
colocar em risco todo o sistema da empresa, principalmente porque a porta de
entrada de qualquer ataque cibernético é por meio de algum dispositivo.
Portanto, alerte seus funcionários sobre os riscos e melhores práticas de
segurança digital.
4.
Crie senhas fortes e seguras
Pesquisa recente da PSafe identificou um dado alarmante: 4 a
cada 5 brasileiros raramente ou nunca mudam suas senhas. Senhas sensíveis podem
ser a porta de entrada para cibercriminosos se logarem nos sistemas
empresariais, colherem informações e dados sensíveis. Com vazamentos de dados
cada vez mais frequentes, como os três identificados pelo dfndr enterprise em
2021, sendo um deles o maior da história do país, além de se atentar a criar
combinações fortes, é fundamental lembrar de alterar as senhas com frequência.
5.
Tenha uma solução de proteção em todos os dispositivos
Invista em segurança digital para que sua empresa não se torne
mais uma vítima dos hackers. Assim, crie uma política de segurança que inclua a
proteção de todos os dispositivos que estejam conectados à empresa, reduzindo
vulnerabilidades que poderiam ser exploradas pelos cibercriminosos.
Em 2021, por exemplo, um levantamento do dfndr enterprise que
analisou uma amostra de mais de 2.400 sites corporativos brasileiros, entre
março e setembro, identificou que 98% deles têm alguma vulnerabilidade. Dentre
os sites avaliados, 98% apresentaram risco médio, 90% leve, 25% alto e 2%
crítico de sofrer um ciberataque.
Fonte: Extra
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