Tragédia em Petrópolis: cães farejadores do Maranhão chegam para ajudar em resgates



As buscas por desaparecidos nas encostas de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, ganhou o reforço de cães farejadores do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros do Maranhão. Os animais são os mesmos que atuaram nas buscas por desaparecidos nas chuvas que atingiram cidades do interior da Bahia no mês de janeiro. Além deles, homens da corporação maranhense auxiliam nos trabalhos. Uma cadela labradora vinda de Saquarema, da Região dos Lagos do Rio, também passou a integrar a equipe de buscas.

O trabalho de resgate, em busca de vítimas, tem sido intenso desde a última terça-feira, quando um forte temporal atingiu o município. No balanço divulgado pela Polícia Civil do Rio no fim da manhã deste sábado, 191 pessoas continuam desaparecidas. Já o número de mortos subiu para 139.

Neste sábado, os dois cães que chegaram na noite de sexta-feira (18) foram levados até a região do Caxambu, uma das mais atingidas por deslizamentos e onde moradores relatam que ainda há dezenas de pessoas desaparecidas. Há riscos de desabamentos no local, pois o paredão de onde as pedras se descolaram e caíram possuem lascas de rocha que podem vir a se desprender também.

Por esse motivo, um dos agentes é destacado para durante o trabalho dos bombeiros, ficar exclusivamente no topo de uma pedra e olhando para cima. Ao menor sinal de movimento que indique queda de mais pedras, ele sopra um apito em alarme.

Comandante do grupamento que veio do Maranhão para o Rio de Janeiro para ajudar com as buscas, o major Wenzel destacou o trabalho dos cães nos escombros da tragédia.

— Eles são treinados para farejar pessoas vivas e aqueles que não sobreviveram e vão potencializar as buscas. Eles identificam a fonte de saída do odor — disse.

A previsão é que mais dois cães cheguem a Petrópolis vindos do Maranhão, entre amanhã e segunda-feira (21). De Saquarema, Região dos Lagos do Rio, a cadela labradora Toya é mais um reforço que já atua no município serrano. Também farejadora, ela ficou conhecida quando atuou nas buscas a vítimas da tragédia do rompimento da barragem em Brumadinho, em Minas Gerais, em janeiro de 2019.

Fonte: Extra

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