O nosso pãozinho de cada dia pode ficar mais caro, culpa do Putin


A guerra na Ucrânia fez o preço do trigo disparar nesta terça-feira (1), atingindo o maior valor em 14 anos e pressionando ainda mais o preço do pãozinho e do macarrão. Aqui você acessa os nossos de notícias

O preço do trigo na Bolsa de Chicago apresentou alta de 7,54%, com o bushel (27,2 quilos) negociado a US$ 9,98 nos contratos para maio, maior patamar desde 2008.
Ucrânia e Rússia exportam cerca de 30% do trigo no mundo. Embora o Brasil compre predominantemente da Argentina (85% do total), qualquer impacto no mercado global pressiona os preços para todos os compradores.

O Brasil é um dos maiores importadores globais de trigo, tendo de buscar em outros países 60% do que consome, de acordo com a Abitrigo (Associação Brasileira das Indústrias de Trigo).

A previsão é que, neste ano, os embarques rumo ao Brasil cheguem a 6,5 milhões de toneladas.

Para o mercado, a alta desta terça-feira, no sexto dia da guerra deflagrada pela Rússia, é uma sinalização do temor de uma longa paralisação no fornecimento.

No primeiro dia da guerra, o trigo já tinha subido 5,7% em relação à véspera, cotado a US$ 9,26 por bushel. Desde então, acumula altas diárias, até atingir o patamar desta terça.

A Abitrigo projeta que os preços continuem em alta nos próximos quatro ou cinco meses, num cenário de aumento já registrado antes do início dos conflitos no Leste Europeu.

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