O que fazer quando se acorda com o corpo todo enrijecido


Nós humanos, conforme envelhecemos, despertamos com a impressão de que nos transformamos numa obra cubista, cheia de arestas. Pular da cama, como fazíamos quando crianças? Nem pensar! O corpo está todo contraído e a condição tem nome: rigidez matinal. Embora este também seja um sintoma de pacientes que sofrem de artrite reumatoide, e que não pode ser ignorado se causar limitações de mobilidade, acordar enrijecido é praticamente uma experiência planetária.

Esse “emperramento” é causado por alterações na lubrificação das articulações e das fáscias, a rede de tecido conjuntivo que envolve as estruturas do corpo, como músculos, nervos e vísceras, garantindo sua sustentação. Graças a um complexo mecanismo de lubrificação, as diversas camadas das fáscias conseguem deslizar umas sobre as outras, tornando nossos membros flexíveis. No entanto, em determinadas situações, como quando nossa temperatura cai ou estamos imóveis por muito tempo – duas características que acompanham o sono – essa lubrificação se torna mais viscosa e a capacidade de deslizamento é menor, provocando a sensação de enrijecimento. As articulações contribuem para o incômodo porque, durante a noite, as cartilagens absorvem o fluido sinovial que lubrificam as estruturas articulares. Felizmente, há alguns pequenos exercícios capazes de eliminar o desconforto.

A chave para se sentir melhor é movimentar-se. Ainda na cama, se espreguice com vontade, abrindo e esticando braços e pernas, mexendo os dedos das mãos e dos pés. Para repor a lubrificação das articulações, dobre e estique seus joelhos e cotovelos. Além disso, faça movimentos circulares com os punhos e tornozelos – e não se esqueça de virar gentilmente a cabeça de um lado para o outro. Se o corpo ainda estiver retesado quando sair da cama, faça uma pequena marcha sem sair do lugar e repita o dobra-e-estica das articulações. Há certas posturas da ioga que trazem alívio e uma delas é a do gato e da vaca, que você pode acompanhar aqui:


Comece na posição de quatro apoios, com joelhos e palmas das mãos no chão (se imagine como uma mesa). Os punhos devem estar alinhados com os ombros e os joelhos com os quadris. Os cotovelos ficam para trás, e não virados para a frente.

Deixe as costas planas, reduzindo a curva da lombar. Encolher a barriga ajuda a chegar na posição.

Inspire trazendo o peito para frente e para cima, com os ombros voltados para fora. Curve a coluna para baixo e erga o cóccix, empurrando o peito para fora. Levante o queixo e tente olhar para cima.

Agora expire, desça o cóccix e eleve o abdômen, arqueando a coluna para cima, como fazem os gatos quando se assustam. Deixe a cabeça pender entre os braços em direção ao chão, mas sem encostar o queixo no peito.

A outra é a postura da criança, que relaxa a tensão do pescoço e das costas:

Primeiro fique de quatro. Junte os dedões dos pés e separe os joelhos numa distância um pouco maior que os quadris,

Traga os quadris em direção aos calcanhares, mantendo os joelhos afastados, e deixe as palmas das mãos apoiadas no chão.

Vá levando as mãos para a frente, alongando a coluna. Pode levantar o bumbum para facilitar, o importante é não ultrapassar seus limites.

Lentamente, vá se inclinando para a frente até que a testa repouse no chão ou colchonete. Você também pode usar uma almofada para apoiar a cabeça se não conseguir alcançar o colchonete.

Deixe as mãos espalmadas, com os dedos abertos, respire e relaxe. 

Caso tenha dificuldade em visualizar os movimentos, ambas têm vários tutoriais na internet. Aproveite para incorporar exercícios ao longo dia, evitando a imobilidade por longos períodos.

Fonte: G1

 

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