Empresa da Embraer prevê mais de 200 ‘carros voadores’ até 2035 no Rio de Janeiro
A Eve, empresa de mobilidade aérea urbana da Embraer, prevê que até 2035 mais de 200 “carros voadores” transportem 4,5 milhões de passageiros em mais de 100 rotas anualmente no Rio de Janeiro e região metropolitana do estado. A expectativa é começar em 2026.
“Carro voador” é, na verdade, uma
espécie de helicóptero mais confortável e que tem atraído várias empresas pelo
mundo. O veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL, na sigla em
inglês) é uma aeronave que faz menos barulho e usa mais hélices para voar.
O plano de Eve, divulgado na última
quarta-feira (4), em um documento inédito no país por trazer pela primeira vez
detalhes sobre como será feita a mobilidade área urbana. O texto diz que a
expectativa da empresa é de que:
§ O lançamento seja feito em 2026. Mais
de 200 veículos devem operar até 2035.
§ Um eVTOL realize viagens com distância
entre 16 e 48 quilômetros;
§ A duração prevista para os trajetos é de 7
a 17 minutos;
§ A capacidade esperada é para 4 passageiros
e o piloto. Mas há previsão de transporte para até 6
passageiros quando houve operação de forma autônoma.
§ Previsão é de que 37 vertiportos, que são
locais para embarque e desembarque, estejam prontos até 2035.
§ Dois locais para embarque e desembarque já foram
escolhidos: o Aeroporto do Galeão e o Centro
Empresarial Henrique Simonsen, na Avenida das Américas, na Barra da
Tijuca.
Os estudos apresentam que as “carros
voadores” podem ser movidos a eletricidade, hidrogênio ou motores híbridos. Mas
a empresa ressalta que os motores elétricos tornarão os voos eVTOL mais acessíveis
do que o de helicópteros. Contudo, ainda não se sabe quanto custará a passagem.
Perfil da aeronave
O plano foi desenvolvido com a
cooperação inédita de 11 parceiros estratégicos e entidades governamentais,
entre eles a Agência de Aviação Civil do Brasil (Anac), Departamento de
Controle do Espaço Aéreo (Decea) e Associação Brasileira de Aviação Geral
(Abag).
O documento também apresenta análise
de dados que abrangem as necessidades operacionais, jornada de passageiros,
serviços oferecidos e suporte para que se possa ter uma aeronave como uma opção
de mobilidade urbana de emissão zero e com preço acessível.
Há também a expectativa de que as
aeronaves gerem uma receita anual de US$ 220 milhões.
O documento também incluiu dados do
período de testes feitos com helicópteros em uma rota entre o bairro da Barra
da Tijuca e o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), em novembro de 2021.
Esses dados contribuirão para definir as características e necessidades para o
crescimento da mobilidade aérea urbana.
Cinco desafios que ainda precisam ser
enfrentados também foram destaque no plano. Entre eles estão: economia de tempo
de viagem de ponta a ponta e bagagem verificada, que precisa ainda ter uma
definição clara sobre as condições de transporte e regras aplicáveis para
animais de estimação.
G1*
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