Especialistas recomendam exercícios para pacientes com osteoporose
Um painel de 12 especialistas bateu o martelo: pacientes com osteoporose não devem ter medo de se exercitar regularmente. Para evitar riscos de fraturas e quedas e melhorar a postura, é importante uma rotina de atividade física que inclua musculação de duas a três vezes por semana e exercícios diários de impacto moderado. Para quem já sofreu uma fratura ou está num estado mais frágil, a orientação é de não exceder o equivalente a 20 minutos diários de caminhada num ritmo rápido. As recomendações, organizadas por quatro fisioterapeutas, três reumatologistas, três pesquisadores e uma enfermeira com especialização na doença, foram publicadas no meio de maio na revista científica “British Journal of Sports Medicine”.
Na osteoporose, há uma diminuição da massa óssea que predispõe à ocorrência de fraturas. Histórico familiar, ter artrite reumatoide, fumar e beber em excesso contribuem para o quadro. De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima dos 50 anos serão afetados por uma fratura relacionada com a enfermidade – a estimativa é de que 137 milhões de mulheres e 21 milhões de homens sofram com a doença, sendo que a previsão é de que esses números dobrem nas próximas quatro décadas.
Apesar dos benefícios da atividade física, persiste entre os médicos a incerteza sobre o tipo de exercício que deve ser prescrito, principalmente na velhice, quando a perda óssea é mais relevante. Na dúvida, boa parte dos pacientes reduz ou até suspende qualquer tipo de atividade. Foi por esse motivo que a equipe multidisciplinar fez uma revisão das evidências existentes, a fim de formular uma lista de sugestões cujo objetivo é maximizar a saúde óssea de pessoas com osteoporose e, ao mesmo tempo, minimizar eventuais riscos de fratura. Aqui vão elas:
Musculação com pesos e aparelhos, aumentando a carga paulatinamente. Se isso não for possível, as alternativas são subir escadas, fazer trabalhos domésticos mais pesados, movimentos de sentar-se e levantar-se.
Exercícios de impacto moderado, como correr, pular e dançar – a zumba, que tem uma coreografia vigorosa, é a sugestão. O treino progressivo de impacto e resistência busca fortalecer os grandes grupos musculares do corpo.
Para melhorar o equilíbrio, e também aumentar a força, tai chi chuan, pilates e ioga – outra opção é participar de programas de prevenção de quedas, imprescindíveis para indivíduos em situação de fragilidade.
Evitar posturas que demandem uma curvatura da coluna para a frente, como tentar tocar os pés, curvar-se sobre si mesmo ou inclinar-se para pegar objetos pesados do chão.
Para quem sofreu fraturas, o exercício deve ser equivalente a, no máximo, uma caminhada rápida de 20 minutos. O acompanhamento de um fisioterapeuta é altamente recomendado.
A fisioterapia pélvica pode atenuar sintomas causados pela cifose torácica, que é o abaulamento das costas provocado pelo aumento da curvatura posterior da coluna.
O consenso dos especialistas é de que exercitar-se reduz a dor e melhora a mobilidade e a qualidade de vida, sendo que o ideal é a supervisão de um fisioterapeuta para corrigir os erros de postura. De acordo com o grupo, as evidências indicam que a atividade física não está associada a nenhum dano significativo e que, de um modo geral, seus benefícios superam os riscos.
Fonte: Bem Estar
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