Seu pet parece estar com a imunidade mais baixa neste inverno? Especialistas explicam


Não tem sido incomum o relato de tutores que contam que seus cães e gatos estão mais fragilizados neste inverno. Gripe, tosse e até pneumonia têm sido queixas investigadas e tratadas. Para entender melhor o assunto, e até para saber se a pandemia de covid-19 tem influenciado estes quadros nos animais domésticos, nossa reportagem conversou com especialistas.

Para a veterinária Carolina Werner Ambrósio, especialista em clínica e cirurgia geral, ultimamente o índice de casos de queda de imunidade nos pets vem aumentando consideravelmente, principalmente nos últimos 4 meses.

"Isso porque as mudanças climáticas observadas nesse período do ano também podem afetá-los e trazer uma série de complicações. Portanto, devemos sempre manter os check-ups anuais e as vacinações em dia, para controle e investigação de possíveis doenças", disse.

Além do clima, segundo a especialista, a baixa na imunidade também pode estar atrelada a fatores como idade, estresse, verminoses ou má alimentação, deixando os animais domésticos predispostos a contrair doenças relacionadas a ataques de agentes infecciosos.

Já para o médico veterinário cirurgião Diogo Garnica, de São Paulo, que também atende no Estado e é especialista em ortopedia e neurocirurgia, não se trata exatamente de algum surto de baixa imunidade.

"O que acontece é que alguns pets apresentam baixa imunidade por diversos fatores, entre eles: uma alimentação pobre em nutrientes, mudanças de hábitos, stress, mudanças de ambientes e mudanças climáticas. Isso colabora para a baixa imunidade e para algumas doenças, comorbidades, surgirem neste momento", destacou Garnica.

A veterinária Karoline Gomes concorda. "Nesse período do ano, é muito comum receber alguns animais que apresentam quadro de gripe. No caso dos cães, é a chamada gripe canina ou "tosse dos canis", porque o vírus da gripe deles circula mais no inverno, assim como no caso humano, então há um aumento da incidência de gripe. Mas não tem necessariamente correlação com a imunidade, mas com a quantidade de vírus circulando, que acontece mais no frio", explicou.

Para evitar estes quadros gripais, Karoline recomenda a vacinação, disponível em várias marcas. Segundo ela, por não ser um imunizante obrigatório, nem todos os tutores aplicam nos pets e, assim, aumenta-se a incidência dos animais afetados.

Covid-19

Com relação a uma possível ligação da pandemia de covid-19 com quadros gripais em animais domésticos, os especialistas descartam a possibilidade.

Para Diogo Garnica, é possível considerar que cães e gatos possam se infectar. No entanto, não apresentam sintomas e a doença não persiste no organismo deles, nem muito menos é transmitida aos humanos com que convivem.

"Um estudo da PUC-PR identificou o vírus da covid em coletas de trato respiratório superior dos animais domésticos. Mas só estava lá, não apresentava sintoma e muito menos a possibilidade de se desenvolver", relatou.

Apesar disso, fica a ponderação: "Temos que lembrar que não sabemos o que vem no futuro. Por ser um vírus com alta capacidade de mutação, não sabemos se algum dia poderá vir o mesmo vírus e acometer os animais domésticos. É muito pouco provável que isso aconteça. Eles já têm o coronavírus deles, que há muito tempo tratamos e por vezes erradicamos. Inclusive há vacina para isso no plano anual dos cães", acrescentou o especialista.

Sobre o assunto, a cirurgiã Carolina Ambrósio pontuou que a suscetibilidade aos testes iniciais de covid-19 foi maior nos felinos que nos cães. "Porém, são testes com poucos animais e em cargas muito altas do contaminante, sob situações de estresse, não simulando as condições normais da vida animal. Hoje em dia, na rotina clínica, ainda não observamos alterações condizentes com a covid 19", relatou.

Por fim, a veterinária Karoline Gomes explicou sobre o coronavírus que atinge há anos os pets: "este vírus não traz prejuízos respiratórios a eles, mas gastrointestinais. Além disso, os vírus não têm atuado entre as espécies, por exemplo migrando do humano para o gato e vice-versa", frisou.

 

Fonte: Folha Vitória


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