VÍDEO -Bloqueios de caminhoneiros atingem 70 pontos de 11 estados e do DF


Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fecham seis trechos da BR-163 e ambos os sentidos da Via Dutra em manifestação contra a eleição de Lula; lideranças divergem sobre os atos

Protestos promovidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) interditam 70 pontos de 12 Estados e do Distrito Federal na manhã desta segunda-feira (31), de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal). Entre os pontos de bloqueio aparecem seis trechos da BR-163 no Mato Grosso, enquanto a Via Dutra foi impactada em ambos os sentidos em trecho no Rio de Janeiro. 

A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) divulgou balanço às 9h informando 19 pontos de interdições em rodovias, dos quais seis no Mato Grosso, seis em Santa Catarina, dois no Rio Grande do Sul, dois no Paraná, um em Minas Gerais e um no Rio de Janeiro.


Lideranças divergem sobre os bloqueios

Os bloqueios não são compactuados por toda a categoria. Marconi França, líder dos caminhoneiros autônomos, classifica as interdições como "tumulto" e "vandalismo". "Não vai ser meia-dúzia de baderneiros que vai tentar fazer uma paralisação usando o nome dos caminhoneiros. Não é um ato de reivindicação da nossa categoria."

 

Presidente da Abrava Wallace Landim, conhecido com Chorão, partilha de uma posição alinhada com a de França. Ao reconhecer a eleição de Lula, ele defende a necessidade de promover um alinhamento entre a categoria e o próximo governo.

 

"Vamos lutar pelo nosso segmento dos transportes. Há muitas coisas que precisamos tirar do papel. [...] Parar o país neste momento vai trazer um prejuízo muito grande para a nossa economia", avalia Chorão.

O deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, afirmou em nota oficial que os caminhoneiros não irão parar para protestar contra o resultado das eleições.

 

A categoria "não participa e nem participará de nenhum movimento de paralisação ou bloqueio de rodovias para protestar e questionar o resultado das eleições que elegeu o candidato Luiz Inácio Lula da Silva como novo Presidente do Brasil", afirmou.

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