Verão e chuvas podem aumentar casos de dengue, zika e chikungunya


Com a chegada do verão e as chuvas intensas que têm caído na cidade, o aumento de doenças como dengue, zika e chikungunya preocupa as autoridades. Para evitar que isso aconteça, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) tem intensificado o trabalho de prevenção e controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor dessas doenças. De janeiro até o dia 16 de dezembro de 2022 foram confirmados 202 casos de dengue, cinco de chikungunya e dois de zika vírus. E, durante todo o ano de 2021, foram 99 casos confirmados de chikungunya, 33 de dengue e dois de zika vírus.

O CCZ informa que tem realizado visitas domiciliares com objetivo de identificar e eliminar focos do vetor, tendo alcançado 82.058 imóveis somente no mês de dezembro. Durante as visitas, a população é orientada a evitar água parada, que é onde o mosquito se prolifera. Além disso, é realizado o trabalho de remoção mecânica de criadouros do mosquito.

O CCZ também realiza visitas quinzenais aos pontos estratégicos, com aplicação de larvicida quando necessário e, de forma complementar, o bloqueio aeroespacial com bomba costal. O diretor do órgão, Carlos Morales, explica que há ainda o mapeamento da densidade populacional do Aedes aegypti através de armadilhas (ovitrampas georreferenciadas). Também foram disponibilizados à população os telefones (22) 98173-0107 e (22) 98126-0471 para casos de dúvidas, solicitação de serviços e denúncias.

“A participação da população é extremamente importante para evitar a proliferação do mosquito e, por isso, a orientação é evitar água parada nos imóveis. Dedicar 10 minutos por semana para fazer a eliminação dos criadouros como pneus, garrafas, vasos de plantas, além de limpar as calhas, manter tonéis e caixa d’água sempre tampados, não jogar lixo em terrenos baldios e lavar bebedouros de aves e animais pelo menos uma vez por semana, evita a proliferação do mosquito e previne as doenças”, explica Morales.

Recorde

O Brasil chegou a 987 mortes por dengue em 2022, segundo boletim divulgado dia 26 de dezembro pelo Ministério da Saúde. O número é o novo recorde anual de óbitos pela doença, superando o maior patamar anterior, de 986 mortes, registrado em 2015. Desde a década de 1980, quando a dengue ressurgiu no país, não se registraram tantas mortes em um único ano.

Sintomas

A dengue e a chikungunya, assim como a zika, têm sintomas e sinais parecidos. Enquanto a dengue se destaca pelas dores no corpo, a chikungunya se manifesta por dores e inchaço nas articulações. Já a zika apresenta uma febre mais baixa ou ausência de febre, muitas manchas na pele e coceira no corpo. Logo, os principais sintomas que servem de alerta para as três doenças são: febre alta; dores musculares intensas; dor ao movimentar os olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça; manchas vermelhas no corpo; dor nas articulações (pés e mãos/dedos, tornozelos e pulsos); vômitos e náuseas.

Prevenção

Como a doença é transmitida pela picada do mosquito, um dos principais cuidados é evitar esse contato com o inseto. Isso pode ser feito usando repelente, inseticida. Em caso de sintomas e sinais, buscar ajuda médica nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou no Centro de Referência da Dengue e Pós-Covid Dr. Jayme Tinoco Netto, que funciona anexo ao Hospital dos Plantadores de Cana.

A aposentada Zezilda Borges mora em Guarus e seu quintal é repleto de plantas. Na varanda, o que mais se vê são vasos com flores. Ela conta que, para evitar as doenças causadas pelo Aedes aegypti, toma cuidado com a limpeza dos recipientes.

“Todas as vezes que molho as plantas tenho o cuidado de verificar se não ficou água nos pratinhos. Além disso, frequentemente eu lavo os recipientes e evito plantas que acumulam água nas folhas. Faço ainda uma limpeza no quintal toda semana para evitar tampinhas ou qualquer outro objeto que acumule água. Se todo mundo cuidar do seu quintal e de sua casa, ninguém corre riscos de ter essas doenças”, finaliza a aposentada.

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Fonte: Terceira Via

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