“Neste palco iluminado só dá lalá...” Lamartine Babo
Assim começa a letra do samba com que a Imperatriz Leopoldinense homenageou Lamartine Babo, em 1981, ocasião em que a escola conquistou o bicampeonato.
O carioca Lamartine de Azeredo Babo, popularizado como Lalá, nasceu no Rio de Janeiro, aos 10 de janeiro de 1904 e, entre seus muitos feitos, presenteou os torcedores e amantes do futebol com a composição dos hinos de seis tradicionais clubes cariocas: América (o dele); Vasco; Flamengo; Fluminense; Botafogo; Bangu. Além deles, também os hinos do: São Cristovão; Madureira; Olaria; Bonsucesso e Canto do Rio.
Autor de inúmeras marchinhas de carnaval, a versatilidade de Lamartine enriqueceu o cancionário popular brasileiro com letras e melodias ainda ouvidas e cantadas, quase 50 anos após sua morte (em junho de 1963).
Quem nunca ouviu canções como:
“Nós somos as cantoras do rádio/ Levamos a vida a cantar/ De noite embalamos teu sono
De manhã nós vamos te acordar...” (Lamartine, João de Barro e Alberto Ribeiro)
“No rancho fundo/ Bem prá lá do fim do mundo / Onde a dor e a saudade
Contam coisas da cidade...” (Lamartine e Ary Barroso)
“O teu cabelo não nega, mulata / Porque és mulata na cor, / Mas como a cor não pega, mulata,
Mulata eu quero o teu amor...” (Lamartine e Irmãos Valença)
“Linda morena, morena / Morena que me faz penar / A lua cheia que tanto brilha
Não brilha tanto quanto o teu olhar...”
Do sambódromo aos barracões das escolas, passando pelos rádios (de pilha, energia elétrica ou bateria), CDs, mp3s, onde quer que se encontrem sons e luzes de Carnaval, temos que concordar com o autor do samba campeão da Imperatriz: “só dá lalá”!!! Imbatível, inesquecível, imortalizado no grande legado que nos deixou.
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