Petroleiros em greve/ Plataformas da Bacia de Campos também são atingidas
Os
trabalhadores de sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP)
iniciaram greve por tempo indeterminado neste domingo(01/11). A paralisação — contra a
venda de ativos e a redução de investimentos da Petrobras — prevê a diminuição
da produção de petróleo e gás na Bacia de Campos, que representa mais de 70% da
produção do país.
A
FUP concentra 13 sindicatos, que representariam cerca de 70% da força de
trabalho da Petrobras. A paralisação foi iniciada às 15h de domingo. Nas
plataformas de petróleo da Bacia de Campos, porém, teve inicio às 19h, quando ocorre a troca de turno dos trabalhadores, segundo
Marcos Brêda, coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte
Fluminense (Sindipetro NF).
De
acordo com Marcos Brêda, do Sindipetro NF, o objetivo dos grevistas é reduzir
ao mínimo possível a produção das plataformas da Bacia de Campos. A região tem
cerca de 50 plataformas, com aproximadamente 22 mil trabalhadores que atuam
embarcados. “Nossa indicação é de que as plataformas produzam o mínimo para
seguir funcionando, uma vez que algumas delas precisam gerar a própria energia
para se manter. Mas vamos fazer um monitoramento constante do nível de
produção. Se for necessário, vamos subi-lo para evitar consequências no
desabastecimento da população, sobretudo na produção de gás”, contou o
sindicalista.
Para
Brêda, porém, nem todas as plataformas devem ser afetadas. “Há uma
dificuldade para atingir todas as unidades porque a Petrobras costuma colocar
equipes de contingência. São empregados próprios da empresa mas de cargo de
coordenação e supervisão, que não estão no dia a dia da operação. Vamos
denunciar essa prática ao Ministério Público do Trabalho por causa do risco de
segurança ao qual ela expõe os trabalhadores”, acrescentou.
Fonte: O
Globo
Nenhum comentário
Postar um comentário