Governo do Espírito Santo decreta situação de emergência em saúde pública
Diante
da situação anormal decorrente de iminente perigo à saúde pública e pelo
aumento da presença do mosquito Aedes aegypti, o Governo do Estado do Espírito
Santo decretou, neste sábado (05) situação de emergência na Saúde.
Esse
fato foi motivado porque o Espírito Santo registrou, entre 04 de janeiro e 28
de novembro deste ano, 35.388 casos de dengue. Já em relação ao Zika vírus, o
Estado registrou, até a última terça-feira (01), 185 casos suspeitos da doença,
sendo que cinco desses foram confirmados laboratorialmente (04 em Vitória e 01
em Vila Velha).
O
Zika vírus também causa grande preocupação por estar relacionado ao aumento de
casos de microcefalia registrados em bebês. No Espírito Santo, até a última
terça-feira (01), a Secretaria de Estado da Saúde recebeu notificação de três
bebês nascidos com microcefalia, 10 grávidas com doença exantemática (manchas
vermelhas na pele) e oito gestantes com bebês com microcefalia. Os casos estão
sendo investigados.
Além
do decreto, foi encaminhado ofício ao Ministério da Saúde solicitando inclusão
de repelente na Relação Nacional de Medicamentos (Rename) e fornecimento
imediato de 50 mil unidades. Também foi solicitado, por meio de ofício, o
fornecimento de insumos e equipamentos para a realização de exames no
laboratório Central da Sesa. O Governo também solicitou ao Ministério da Saúde
inseticidas para ações emergenciais e apoio do Exército para combate ao Aedes
aegypti.
Durante
o encontro, o governador Paulo Hartung reforçou que o pedido pela ajuda do
exército tem como objetivo auxiliar os municípios capixabas nas ações de
combate ao mosquito Aedes aegypti. "Começamos pela Grande Vitória, região
que apresenta mais casos, em seguida vamos fazer uma mobilização com os
municípios do interior do Estado. A ideia é envolver gestores públicos e
sociedade", disse Hartung.
Já
para o secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, a medida adotada
pelo Governo do Estado de decretar estado de emergência na Saúde significa que
o combate ao mosquito, a partir de agora, ganha muito mais agilidade, uma fez
que evita a burocracia.
"Esse
decreto desburocratiza nossas ações. Isso, em relação à contratação de pessoal
e aquisição de insumos e demais materiais que vamos precisar a partir de agora.
Acredito que passamos a viver um novo momento e a mobilização ganha ainda mais
força", disse o secretário de Saúde.
Um
outro ponto ressaltado por Ricardo de Oliveira está na presença do Exército na
ajuda ao combate ao mosquito. O governador Paulo Hartung já encaminhou um
ofício ao Ministério da Defesa pedindo a liberação para que a força armada
auxilie nesse momento. "É bom lembrar que o Exército já tem experiência
nesse tipo de ação, uma vez que atuou no município de Vila Velha ajudando nesse
sentido. Vamos verificar, por meio dos índices epidemiológicos, quais são os
pontos mais vulneráveis para que os homens do Exército nos ajudem", disse.
Ricardo
de Oliveira voltou a reafirmar que embora a situação seja "enormemente
preocupante", a solução para resolver o problema é bem simples:
"Basta que as pessoas tirem pelo menos uma vez por semana para procurarem
e eliminarem focos do mosquito em suas residências. A verdade é que não dá para
brincar com essa situação. Estamos diante de um problema inusitado e temos de
resolvê-lo com todo o nosso empenho. E já estamos fazendo e vamos agir com todo
o empenho", disse Oliveira.
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