Mercado eleva projeções para o PIB
Um
dia após Michel Temer assumir interinamente a Presidência da República,
aumentou o número de consultorias privadas e de bancos revisando para cima as
projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2017. As novas
projeções indicam expansão de até 2,1% no ano que vem. No cenário anterior a
estimativa mais otimista era de avanço do PIB de 1,3%.
A
melhora nas estimativas de desempenho da economia é sustentada pela expectativa
de que o novo governo consiga aprovar no Congresso medidas necessárias para o
ajuste das contas públicas. Além disso, há indicadores antecedentes que
sinalizam que a atividade já teria atingido o fundo do poço.
O
Bradesco, por exemplo, revisou a expectativa de crescimento do PIB de 2017 de
1,3% para 1,5%. Segundo o economista-chefe Octavio de Barros, uma pesquisa
mensal do banco com 4 mil empresas mostra “claramente que o pior ficou para
trás”. “Os pedidos em carteira na média pararam de cair e os estoques já
mostram clara tendência de retração”, observa.
Barros
ressalta ainda que o desempenho das vendas de papelão ondulado, fluxo de
veículos pesados nas rodovias, vendas de materiais de construção, por exemplo,
sinalizam melhora.
Também
o Banco Fibra, baseado no desempenho de alguns indicadores antecedentes,
acredita que o fundo do poço já tenha sido atingido. O banco revisou de 1% para
2,1% a projeção de crescimento do PIB para 2017. “Diversos indicadores de
confiança relacionados ao lado real da economia - indústria, serviços, comércio
e construção civil têm mostrado nos últimos meses alguma estabilidade que
parece indicar que os empresários destes setores percebem que o pior já
passou”, diz o economista-chefe do banco, Cristiano Oliveira em relatório.
Além
disso, o economista observa que, uma série de medidas comprometidas com o
crescimento, estabilidade macroeconômica e austeridade fiscal que devem ser
tomadas pelo novo governo deve melhorar o desempenho da economia. Fonte:
Estadão Conteúdo
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