Deputados falam em impeachment de Pezão e Dornelles
Um dia após o decreto de calamidade
pública feito pelo governo do Estado do Rio, deputados líderes de partidos
na Assembleia Legislativa (Alerj) já falam em impeachment ou renúncia do
governador licenciado Luiz Fernando Pezão e do governador em exercício
Francisco Dornelles.
O deputado Luiz Paulo (PSDB) diz que
a decisão do Governo terá que ser analisada pela Assembleia na próxima semana,
mas adiantou que o decreto “excepcionaliza esses limites legais”.
"Tradicionalmente, calamidade
pública é ato para grandes catástrofes, naturais ou não. É, ao mesmo tempo, uma
confissão do governo da sua incapacidade de gestão financeira do governo do
Estado.Por outro lado, é uma porta aberta para que o governo federal possa
emitir medidas provisórias, visando a repassar recursos, por exemplo, de
empréstimos para o Rio, coisa que o Rio não poderia fazer porque está sem capacidade de endividamento, de pagamento", disse.
empréstimos para o Rio, coisa que o Rio não poderia fazer porque está sem capacidade de endividamento, de pagamento", disse.
Para o deputado, o decreto pode ensejar um pedido de impeachment do
governador. "A primeira questão é se votar as contas de 2015. Motivos para
discutir impedimento não faltam. O próprio decreto é um motivo. Mas, em geral,
as questões de impedimento dizem respeito a ferir a Lei de Responsabilidade
Fiscal", explicou.
O deputado Marcelo Freixo, líder da
bancada do PSOL, defende que o governo renuncie. "Pezão e Dornelles
deveriam deixar o governo. Eles endividaram o Estado desde a época do (Sérgio)
Cabral. Deram benefícios fiscais aos montes e hoje está tudo quebrado. A
história que o Estado conta nos últimos anos é a história que eles fizeram. O
Rio está em estado de calamidade humana".
Sobre um possível pedido de impedimento,
a bancada do partido vai se reunir na segunda-feira para encontrar os crimes
constitucionais que podem ter sido cometidos pelo decreto.
"Sabemos que é difícil um
processo de impedimento, mas vamos analisar com seriedade e cautela. Não vamos
fazer no Rio o que o PMDB fez com o governo federal. Para pedir impedimento tem
que ter base legal", contou.
Do mesmo partido que o governador
licenciado Luiz Fernando Pezão, o líder do PMDB na Alerj, André Lazoroni, pediu
cautela quanto ao decreto.
"Sem ele o Estado não
conseguiria pagar suas contas. Se esse foi o mecanismo encontrado de forma
legal para receber recursos, foi algo acertado. Mas a bancada do PMDB ainda
fará uma reunião para saber qual posição sustentar diante do
decreto", adiantou. Fonte
Extra
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