Navio e marinheiros em estado de abandono no porto de Macaé

Doze tripulantes turcos do navio Chem Violet, ancorado na cidade de Macaé  denunciaram a um advogado que estavam há três semanas sem receber suprimento, convivendo com lixo e insetos, doentes e com o risco de pane no navio com 1 milhão de litros de óleo. 
De acordo com o Jornal Folha de S. Paulo, este cenário passou a ser comum no mercado de navegação mundial: o abandono de marinheiros que prestam serviços a grandes empresas de transporte. Quando um navio atraca num país, é recebido por empresas prestadoras de serviços de fornecimento de combustível, comida, entre outras necessidades. 
Se o dono do navio não pagar esses benefícios, as empresas param de fornecer. Há casos de navios arrestados por dívidas, e as contas são bloqueadas. Foi necessário entrar com uma medida judicial para que o fornecimento fosse retomado pela Petrobras. 
Diante das condições relatadas, Cláudio de Castro Freitas, juiz da Vara do Trabalho de Macaé, foi inspecionar o navio. Lá, os marinheiros relataram que, além de fome, passavam a humilhação de não receber salários por até oito meses, deixando suas famílias sem assistência, algumas despejadas de suas casas. 
A Petrobras informou  que "exige elevado padrão de qualidade técnica das embarcações e dos sistemas de gestão das empresas que os operam". A empresa reconheceu que o armador "deixou de cumprir suas obrigações" no caso do Chem Violet e que, por isso, a estatal "assumiu diretamente as providências de fornecer provisões ao navio e providenciou o retorno da tripulação para seu país de origem".


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