Polícia Federal apresenta joias apreendidas no apartamento de Cabral
A Polícia
Federal divulgou na noite desta quarta-feira imagens de cerca de 300 joias
apreendidas no apartamento do ex-governador Sérgio Cabral, no Leblon, na Zona
Sul do Rio, em mais uma ação da Operação Calicute, deflagrada na última
quinta-feira. Também foram apreendidas peças na casa de outros membros do grupo
investigado na operação. O objetivo da ação é investigar desvio de recursos
públicos federais em obras realizadas pelo governo do estado do Rio de Janeiro.
O prejuízo estimado é superior a R$ 220 milhões.
Em
depoimento à Polícia Federal, a diretora comercial da H.Stern, Maria Luiza
Trotta, afirmou que levava joias, anéis de brilhante e pedras preciosas na
residência de Cabral, para que o ex-governador e sua mulher, a advogada Adriana
Ancelmo, fizessem uma “seleção” da peça a ser escolhida. Segundo ela, os
pagamentos era feitos em dinheiro vivo.
Maria Luiza
disse que “chegou a vender joias no valor de até R$ 100 mil a Sérgio Cabral,
tais como anéis de brilhante ou outros tipos de pedras preciosas, sendo o
pagamento ainda que em tais quantias realizado em dinheiro”; A diretora
declarou trabalhar na H.Stern há 34 anos.
Segundo
Maria Luiza, o ex-assessor de Sérgio Cabral “ou outros portadores não
identificados do dinheiro em espécie eram dirigidos à tesouraria”. A diretora
não soube informar sobre a emissão de notas fiscais.
“Todas as
joias tinham certificados que eram entregues a Sérgio Cabral e/ou esposa, sendo
certo que a empresa não guarda cópia de tais certificados por questão de
confidencialidade”, declarou
O
depoimento foi prestado em 17 de novembro, dia da deflagração da Operação
Calicute, que prendeu Sérgio Cabral preventivamente. O ex-governador está em
Bangu 8.
A PF exigiu
de Maria Luiz no prazo de 24 horas “todas as cópias de notas ficais de venda
realizadas entre H. Stern e Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo”.
Nenhum comentário
Postar um comentário