Vacina de HPV é ampliada para meninos de 11 a 15 anos incompletos
A partir de agora, a vacina contra HPV passa a ser ofertada para os
meninos de 11 até 15 anos incompletos (14 anos, 11 meses e 29 dias). A
ampliação da faixa etária pelo Ministério da Saúde já foi comunicada às
secretarias estaduais de saúde de todo o país, e tem como objetivo aumentar a
cobertura vacinal nos adolescentes do sexo masculino. A vacina contra o HPV
para os meninos passou a ser disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) em
janeiro deste ano, contemplando os meninos de 12 até 13 anos. Até o ano
passado, era feita apenas em meninas.
Com a inclusão desse público, equivalente a 3,3 milhões de adolescentes,
a meta para 2017 é vacinar 80% dos 7,1 milhões de meninos de 11 a 15 anos e 4,3
milhões de meninas de 9 a 15 anos. Também terão direito a vacina, a partir de
agora, homens e mulheres transplantados e oncológicos em uso de quimioterapia e
radioterapia. Além disso, cerca 200 mil crianças e jovens, de ambos os sexos, de
9 a 26 anos vivendo com HIV/aids, também podem se vacinar contra HPV. O anúncio
das mudanças foi feito nesta terça-feira (20/06) pelo ministro da Saúde,
Ricardo Barros, em coletiva de imprensa.
Durante o anúncio, o ministro Ricardo Barros explicou que o objetivo
principal da ampliação é aumentar a cobertura vacinal do HPV. Segundo Barros,
uma das principais ações para alcançar essa meta é o Programa Saúde na Escola,
parceria do Ministério da Saúde com o Ministério da Educação. “É um de nossos
grandes aliados nessa frente. Com esse projeto, estamos convocando toda a
comunidade escolar, pais e educadores, a atualizarem as cadernetas de vacinação
destes jovens”, afirmou o ministro. Como exemplo bem sucedido desta iniciativa,
o ministro citou o Estado de Santa Catarina e o município de Niterói que
conseguiram, por meio de uma ampla mobilização nas escolares, ampliarem as
coberturas vacinais contra o HPV.
Para conscientizar os meninos na busca da vacina, o Ministério da Saúde
planeja, para o próximo mês de julho, período de férias escolares, campanha
direcionada a este público, com o intuito de aumentar a cobertura nessa
população. Além disso, a vacina de HPV também fará parte do elenco de vacinas a
serem ofertadas na Campanha de multivacinação que acontecerá no período de 11 a
22 de setembro. O Dia D da campanha de vacinação será dia 16 de setembro.
VALIDADE
Dos estoques nacionais da vacina HPV, não existem doses com vencimento em 2017 nem em 2018. Desde o início da vacinação em 2014, o Ministério da Saúde distribuiu 26,3 milhões de doses da vacina a todos estados do país e DF. Destes, cerca de 1 milhão foram encaminhados neste ano.
Dos estoques nacionais da vacina HPV, não existem doses com vencimento em 2017 nem em 2018. Desde o início da vacinação em 2014, o Ministério da Saúde distribuiu 26,3 milhões de doses da vacina a todos estados do país e DF. Destes, cerca de 1 milhão foram encaminhados neste ano.
Atualmente, existem 2,1 mil doses nos estados e municípios para vencerem
em junho e 231 mil doses com vencimento em agosto deste ano. No mês de
setembro, o estoque de vacinas por vencer é de 233,7 mil doses. Outras 1,1
milhão de doses têm a validade de vencimento no primeiro semestre de 2018,
totalizando 1,6 milhão de doses a vencer até esse período.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde
considera aceitável que aja uma perda de até 5% das vacinas distribuídas nos
postos de vacinação em função de condições logísticas e operacionais. Para
combater a perda de estoque de vacinas, o Ministério da Saúde encaminha regularmente
informes aos estados em relação às coberturas vacinais, solicitando empenho na
melhoria dos índices, especificamente em relação ao HPV.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da
Saúde, Carla Domingues, disse que, embora uma perda de 5% de vacinas seja
considerada aceitável, o Ministério da Saúde trabalha para que não haja
qualquer desperdício. “Queremos que as doses atuais nos estoques sejam
utilizadas no mais curto espaço de tempo possível, não apenas para que não se percam,
mas, principalmente, para que os jovens abaixo de 15 anos se imunizem contra o
HPV, evitando, assim, uma série de complicações, principalmente os vários de
tipos de cânceres” destacou a coordenadora.
COBERTURA VACINAL
Desde o inicio da vacinação em 2014, até 02 de junho deste ano, foram aplicadas 17,5 milhões de doses na população feminina de todo o país. Na faixa etária de 9 a 15 anos, no mesmo período, foram imunizadas com a primeira dose 8,6 milhões de meninas, o que corresponde a 72,45% do total de brasileiras nesta faixa etária. Receberam o esquema vacinal completo, de duas doses, recomendado pelo Ministério da Saúde, 5,3 milhões de meninas, o que corresponde a 45,1% do público-alvo.
Desde o inicio da vacinação em 2014, até 02 de junho deste ano, foram aplicadas 17,5 milhões de doses na população feminina de todo o país. Na faixa etária de 9 a 15 anos, no mesmo período, foram imunizadas com a primeira dose 8,6 milhões de meninas, o que corresponde a 72,45% do total de brasileiras nesta faixa etária. Receberam o esquema vacinal completo, de duas doses, recomendado pelo Ministério da Saúde, 5,3 milhões de meninas, o que corresponde a 45,1% do público-alvo.
Já em relação aos meninos, de janeiro a 02 de junho deste ano, 594,8 mil
adolescentes de 12 a 13 anos se vacinaram com a primeira dose da vacina de HPV,
o que corresponde a 16,5% dos 3,6 milhões de meninos nessa faixa etária que
devem se imunizar.
Outra novidade já anunciada este ano foi a inclusão das meninas que chegaram
aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses indicadas.
A estimativa é de que 500 mil adolescentes estejam nessa situação.
ESQUEMA VACINAL
Meninos e meninas devem tomar duas doses da vacina HPV, com intervalo de seis meses entre elas. Para as pessoas que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.
Meninos e meninas devem tomar duas doses da vacina HPV, com intervalo de seis meses entre elas. Para as pessoas que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.
A vacina disponibilizada no SUS é a quadrivalente e já é ofertada, desde
2014, para as meninas. Confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6,
11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema
vacinal.
Para os meninos, a estratégia tem como objetivo proteger contra os
cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas
ao HPV. A definição da faixa etária para a vacinação visa proteger meninos e
meninas antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o
vírus. Vale ressaltar que os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de
câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de
90% dos casos de câncer anal e orofaringe são atribuíveis à infecção pelo HPV.
Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de
colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais
e infecções causadas pelo vírus. O HPV é transmitido pelo contato direto com
pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser
transmitido da mãe para filho no momento do parto.
VACINAÇÃO NAS ESCOLAS
Para incentivar a vacinação de crianças e adolescentes, os ministérios da Saúde e da Educação possuem ações voltadas à prevenção e promoção da saúde nas salas de aula por meio do Programa Saúde na Escola. A partir do programa, as escolas vão atuar junto com as equipes de atenção básica para a vacinação dos estudantes. Uma das propostas é que os estudantes apresentem, já na matrícula, a caderneta de vacinação e as escolas comuniquem o sistema de saúde sobre as doses prioritárias.
Para incentivar a vacinação de crianças e adolescentes, os ministérios da Saúde e da Educação possuem ações voltadas à prevenção e promoção da saúde nas salas de aula por meio do Programa Saúde na Escola. A partir do programa, as escolas vão atuar junto com as equipes de atenção básica para a vacinação dos estudantes. Uma das propostas é que os estudantes apresentem, já na matrícula, a caderneta de vacinação e as escolas comuniquem o sistema de saúde sobre as doses prioritárias.
O Ministério da Saúde considera de fundamental importância participação
das escolas para reforçar a adesão dos jovens à vacinação e já enviou ao
Ministério da Educação material informativo sobre as doenças. “Temos observado
que, além da sensibilizar as escolas para a vacinação, os municípios também
precisam mobilizar as unidades e as equipes de saúde da família para a
atualização das cadernetas de vacinação de crianças e adolescentes”, afirmou o
presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasens),
Mauro Junqueira.
O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a
oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de
imunizações.
PESQUISA
Estudos internacionais recentes apontam o impacto da vacinação na redução da infecção pelo HPV. Pesquisa realizada nos Estados Unidos, onde há vacinação desde 2006, apontou redução de 88% da infecção oral por HPV. Outro estudo, realizado com homens de 18 a70 anos do Brasil, México e Estados Unidos, aponta que os brasileiros tem mais infecção por HPV que os mexicanos e norte americanos (Brasil 72%, México 62% e USA 61%) e que a incidência de câncer do pênis no país é 3 vezes que dos norte-americanos.
Estudos internacionais recentes apontam o impacto da vacinação na redução da infecção pelo HPV. Pesquisa realizada nos Estados Unidos, onde há vacinação desde 2006, apontou redução de 88% da infecção oral por HPV. Outro estudo, realizado com homens de 18 a70 anos do Brasil, México e Estados Unidos, aponta que os brasileiros tem mais infecção por HPV que os mexicanos e norte americanos (Brasil 72%, México 62% e USA 61%) e que a incidência de câncer do pênis no país é 3 vezes que dos norte-americanos.
Fonte:
Ascom
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