Desistência de Huck da corrida presidencial fecha porta para Hartung
O apresentador de TV Luciano Huck
publicou um artigo no jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (27)
anunciando sua desistência da corrida presidencial. Com isso, ele fecha uma
porta para composição que estava sendo articulada pelo economista Armínio Fraga,
que queria emplacar o governador Paulo Hartung (PMDB) na eventual chapa de
Huck.
No último dia 9, Huck e Hartung
se encontraram em um jantar na casa de Armínio Fraga, no qual o apresentador
teria convidado o governador para compor a chapa e a boa repercussão da sua
possível candidatura colocaria o peemedebista em uma chapa competitiva à
Presidência da República, como alternativa à polarização entre Lula (PT) e
Bolsonaro (PSC).
Tanto que nesta quarta-feira
(29), o governador participa, em Vitória, de um debate sobre o cenário político
e econômico para 2018, evento promovido pelo Sindicato do Comércio Atacadista e
Distribuidor do Estado (Sincades). Embora seja na Capital, o evento tem
projeção nacional, afinal, além do governador, participam ex-ministro da
Fazenda, Pedro Malan, e o cientista político e comentarista político da Globo
News, Gerson Camarotti.
O governador segue se colocando
como uma liderança com capacidade de gestão para compor uma chapa nacional, sem
se descuidar do cenário eleitoral do Estado. Essa movimentação mais ampla deixa
a classe política engessada, à espera de uma definição do governador. A
tendência é que ele se afaste do governo em abril, deixando seu vice, César
Colnago (PSDB), no comando do Palácio Anchieta com oito meses para se
credenciar à disputa ao governo.
Essa estratégia empurraria a
decisão de Hartung para agosto do próximo ano, quando começam as definições das
coligações para a disputa eleitoral. Caso não consiga a acomodação
presidencial, tem ainda como alternativa a disputa ao Senado, tentando se
credenciar para uma das duas vagas capixabas. Desse caminho pode sair um acordo
com o senador Ricardo Ferraço, que teria de abrir mão do Senado para disputar o
governo. Alternativa que poderia ganhar força se Colnago não se viabilizar. Se
nada der certo, Hartung pode disputar o Palácio Anchieta novamente, só que fora
do cargo, em um acordo com seus aliados.
Em suas movimentações em busca de
espaço no campo nacional, Hartung se investe na relação com o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM), mas conversa também com lideranças de outros
partidos. Já caminhou ao lado de Henrique Meirelles (PSD), Geraldo Alckmin
(PSDB), além de ser cogitado como vice do ex-presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), Joaquim Barbosa (sem partido), e do prefeito de São Paulo João
Doria, quando o tucano estava sendo cotado para disputa.Fonte: Século Diário.
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