Em menos de dois meses, cerco eletrônico já ajudou a recuperar 21 veículos roubados


Mais dois carros foram recuperados neste domingo (11), aumentando para quatro os veículos recuperados nas últimas 48 horas. Agora são 21 os veículos identificados pelas câmeras do Cerco Inteligente de Segurança desde o início de seu funcionamento, em 20 de abril deste ano.
O primeiro veículo apreendido, um Meriva, de cor prata, havia sido tomado em assalto nessa madrugada. Os assaltantes usaram este carro para roubar um Voyage de cor preta em Atlântica Ville.
Na tarde deste domingo chegou a informação que os ocupantes de um Voyage eles tentaram matar uma pessoa em Jardim Camburi. A primeira informação é que eles haviam fugido pela avenida José Rato, no bairro de Fátima, na Serra.
Mas as câmeras do Cerco Inteligente de Segurança localizaram o Voyage e passaram a seguir o trajeto do veículo, que na verdade havia se dirigido para o bairro Joana D’Arc, em Vitória, onde o carro foi abordado e seus ocupantes detidos pela Polícia Militar.
Como funciona
Todas as entradas e saídas de Vitória foram contempladas pelo sistema. São 18 barreiras, através das quais os veículos são visualizados por câmeras sempre que entram ou saem dessas áreas.
No total, são 70 câmeras com sistema de monitoramento OCR (Reconhecimento Óptico de Caracteres), que leem as placas e fotografam os veículos, gerando um banco de dados com todos os carros que passam pelas barreiras. Automaticamente, os dados são cruzados com a base do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), que tem as informações do carro.
Os operadores da central repassam todas as informações do carro, tais como trajeto, cor e modelo, ao Ciodes, que solicitará a abordagem pelas equipes da Guarda ou da Polícia Militar.
Clonagem
O programa também emite alertas automáticos quando reconhecer incongruências espaço-temporais, como registros de uma mesma placa aparecendo em pontos distantes, em um curto espaço de tempo, ou uma mesma placa sendo visualizada ao mesmo tempo em locais diferentes.
Nos dois casos, há indício de clonagem do veículo e o sistema indica às forças de segurança a localização estimada do veículo clone para abordagem. A inteligência artificial pode reconhecer ainda diferenças grosseiras, como motos utilizando placas de carros e até mesmo veículos do mesmo modelo, mas com cores diferentes da indicada pelo sistema nacional.
Integração
O cerco eletrônico será interligado ao Ciodes, ampliando a integração da Guarda com as forças de segurança estaduais, e também às delegacias especializadas que tiverem interesse em utilizar a ferramenta.
Faixas exclusivas para ônibus
Além dos pontos de barreira, as faixas exclusivas para ônibus também receberão o sistema e indicarão possíveis veículos suspeitos que trafegarem pela faixa.
Dados de trânsito
A enorme quantidade de informações registradas pelo equipamento também pode subsidiar o município em ações de intervenções viárias e análise comportamental do fluxo de veículos, como origem e destino dos deslocamentos dentro da cidade, e permitir a contagem dos carros por horários e pelos setores da cidade.
Fonte: ESHOJE



Nenhum comentário