As semelhanças entre a política e o futebol

As redes sociais amplificam e ajustam o tom dos pensamentos da massa em assuntos que são pautas diárias. O futebol é um bom exemplo de assunto em destaque frequente nas redes sociais, chegando inclusive esse esporte ser associação a política, como se esta, a política, fosse um jogo,  uma simples partida que dura  quatro anos. Um belo e gritante equivoco, na minha humilde opinião, afinal o jogo é lazer, diversão e, se o seu time não foi bem? Calma meu amigo! Respira fundo, “entuba” a zoeira dos colegas e na semana seguinte ta tudo bem, tá tudo ótimo; ânimos renovados para mais um embate.
O que não podemos dizer do mesmo sobre a política, se os gestores de uma cidade-Prefeito(a) e vereadores(a) não forem bem na partida de quatro anos, aí o bicho pega e pode custar muito mais que uma “ zoada” de colegas, isso  pode custar vidas na saúde que capengará. Pode custar vidas em um ato de latrocínio ocorrido em uma esquina qualquer, escura por falta de uma boa iluminação ou dando um exemplo mais ampliado, um time ruim pode retardar em quatro anos o desenvolvimento cognitivo   do seu filho ou sua filha, ou seja, nossas crianças estarão, emburrecendo enquanto a partida de quatro anos acontece com os atletas, famosos perna de pau, Eles os “gestores”.
Ainda tem um agravante. Dizem que, quando o time joga mal a culpa é dos gandulas, alguns escolhidos a Dedo pelo técnico do time que usa muitas vezes critérios, digamos não muito criteriosos, como assim?Critérios não muito criteriosos? Sobre o critério de escolha deixa pra lá, mas o que se sabe é que existe gandula que levantou bandeira, outro adesivou o carro ou até mesmo concorreu na seleção do time a uma vaga de titular, mas está no banco aporrinhando, 24 horas por dia, para entrar, então, ufa! Sufocante esse camarada, vamos nos livrar desse chato, diz o técnico. Coloca ele, o chato, no time, lá no cantinho onde a bola quase não vai, onde possa passar despercebido, durante a partida, diz o chefão do time.
 O outro candidato a uma vaga era o cantor, o cara que emprestava a sua voz durante o churrasco, então puxa ele para gandula, pois com o microfone nas mãos esse cara vai falar besteira e fazer comentários maldosos sobre o time. O outro? O outro é o jogador estrela, o que gosta de aparecer nas redes sociais, então coloca ele de gandula.  Ainda tem o que era jogador do outro time. Fala mansa, cara de bom moço, santinho e “ajuizado”, mas que passou toda a forma tática para o adversário; opa esse é o trairão, o peixão e tem que ser recompensado com uma vaga de, Gandula.  Foi o prometido.  Existem  ainda outros tipos de gandulas:  primo, cunhado, vizinho, comadre, compadre e até o gandula que ganhou uma cadeira especial na diretoria, sabe porque? Porque compartilhava muito as fotos do técnico no face, fazia elogios e dava like like like todo dia.     
O grande problema é que esses mesmos gandulas fazem oba oba para que o técnico pense que está tudo bem , ta tudo ótimo e que , “seu time” ta na liderança, então "Segue o Líder", grita a torcida composta por, Gandulas.  Opa! Líder de quê? Afinal o jogo tá empatado e só estamos iniciando o segundo tempo de uma partida que terá quer ser definida ainda no primeiro turno e a equipe adversária não é lá essas coisas, mas não se pode baixar a guarda com essa história de Líder, não é mesmo?
 Não seria hora de parar com chutes sem direção ou "bola para o mato", como diz por aí na gíria futebolística, porque o jogo  é de campeonato, e observar mais esses gandulas do oba oba? Pois dizem por aí que tem gente levando bola nas costas, inclusive tem gandula levando bola pra casa ou levando até bolada pra casa. Bolada pra casa? Como assim? Deixa pra Lá, deixa essa história para uma segunda narrativa.
Sem perder o senso futebolístico, lembramos que só falamos de técnico, jogador e gandula, mas esquecemos daqueles que tem a mãe sempre lembrada em momentos de grande emoção, quem são eles? Os Juízes, autoridades máxima nos jogos, sejam de 90 minutos ou de 4 anos, entenderam? E olha que essa turma, impulsionada e vislumbrada pelas atuações midiáticas de famosos colegas, querem seus minutos de fama.   E para isso é preciso meter a caneta e mostrar o cartão, de preferência aquele que faz lembrar a cor do amor, da paixão. E quando o cartão é mostrado ao principal jogador, geralmente leva o técnico junto e sobra, inclusive para o, Gandula. É aí que a bola murcha, a audiência cai e o time vai parar na parte oposta da tabela, fazendo  companhia a outros tantos que  usaram táticas semelhantes.
Sendo assim, é sempre bom verificar quantas libras está a bola de cada um, de cada gandula, afinal uma bola muito cheia pode furar com facilidade em alguma ponta solta e perfurante deixada por algum gandula descuidado que queria levar uma bolada, mas que pode tropeçar no próprio cadaço da Chuteira.
Texto produzido em 23/09, pelo Carlos Jorge Azevedo/Blog do Carlos Jorge, em momento de inspiração midiática.  



Um comentário

Anônimo disse...

Com sempre, belo texto, irretocável e atualizadíssimo.