Dia do hemofílico – 04 de janeiro
No Brasil, o dia do hemofílico é comemorado em 04 de janeiro em homenagem ao cartunista Henfil, que faleceu nesta data, em 1988. Assim como ele, seus irmãos Betinho, como era conhecido o Sociólogo Herbert de Souza, e o músico Chico Mário, todos eram hemofílicos.
O documentário Três irmãos de sangue conta a história deles,
Betinho, cientista social, exilado político, fundador da Campanha Contra a Fome e a Miséria e Pela Vida, que foi indicado em 1994 ao Prêmio Nobel da Paz; Henfil, cartunista que lutou pela volta dos exilados durante a ditadura militar e criou a expressão “Diretas Já” como forma de exigir a volta da democracia ao Brasil; e Chico Mário, músico pioneiro da questão da música independente e compositor de canções contra a tortura. Os irmãos definitivamente sabiam da importância da defesa dos direitos humanos e se esforçaram ao máximo para alcançar esse objetivo (REINIGER, 2006, p. 01).
Os irmãos Souza foram importantes
Hemofílicos, foram contaminados pelo vírus HIV através de transfusão de sangue. Isso os tornou um símbolo da luta contra a AIDS no Brasil. O fato do país hoje ser visto como referência mundial no combate à AIDS tem muito a ver com o pioneirismo deles em relação a essa causa. Para eles, a luta pela vida sempre esteve em primeiro lugar (REINIGER, 2006, p. 01).
Ainda mais significativa é a função que este dia desempenha: chamar a atenção para a doença, que é genética.
Mas o que é, afinal, a hemofilia?
A Federação Médica Brasileira – FMB explica que a Hemofilia é “um grupo de doenças genéticas hereditárias que prejudicam a capacidade do corpo humano em controlar a circulação do sangue, além de dificultar o processo da coagulação, que é usado para parar hemorragias” (2017, p. 01).
A FMB ainda alerta que a doença é mais comum em homens, e bem rara em mulheres; que os sintomas variam de acordo com a gravidade da doença, que pode ser classificada em grave, moderada e leve; e que existe tratamento!
É importante ressaltar que ela pode ser grave, e ficar alerta para os sintomas:
- Manchas roxas na pele;
- Inchaço e dor nas articulações;
- Sangramentos espontâneos, sem razão aparente, como na gengiva ou nariz, por exemplo;
- Hemorragias difíceis de parar após um simples corte ou cirurgia;
- Menstruação excessiva e prolongada (FRAZÃO, s.d., p. 01).
Existem dois tipos de tratamento: a prevenção e o que ocorre após o sangramento:
- Tratamento de prevenção: consiste na reposição periódica dos fatores de coagulação, para que eles estejam sempre com níveis aumentados no organismo, e impeçam um possível sangramento. Este tipo de tratamento pode não ser necessário em alguns casos casos de hemofilia leve, podendo ser recomendado fazer o tratamento apenas quando há algum tipo de hemorragia.
- Tratamento após sangramento: é o tratamento sob demanda, feito em todos os casos, com a aplicação do concentrado de fator de coagulação quando há um episódio de hemorragia, o que permite que ela seja resolvida mais rapidamente (AIRES, s.d., p. 01)..
Portanto, é importante que qualquer pessoa possa reconhecer os riscos que a hemofilia traz e buscar orientação médica e tratamento quando necessário.
Fonte: Plataforma Cultural
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