Coronavírus: funcionários do Centro de Distribuição Domiciliária dos Correios cruzam os braços
Funcionários do Centro de Distribuição Domiciliária (CDD) dos Correios de Campos, que fica na Avenida 7 de Setembro, no Centro, suspenderam atividades na manhã desta quarta-feira (8), após seis trabalhadores testarem positivo para covid-19. Com isso, sobe para nove o número de casos confirmados em unidades da estatal no município. Outros já fizeram o exame e aguardam os resultados.
Os servidores ainda denunciam que a sanitização nas agências não está sendo feita por empresa especializada, mas pelos próprios funcionários terceirizados “com água e sabão e sem qualquer proteção contra o vírus”. Outros terceirizados foram remanejados para o Centro de Entrega de Encomendas (CEE), localizado na Rua Rocha Leão, no Caju, onde os trabalhos foram mantidos.
“Trata-se de uma medida irresponsável, uma vez que os números de contaminação têm aumentado consideravelmente na região, e dessa forma expõe diversos trabalhadores e familiares com a transferência para outra unidade sem ao menos realizar os testes de Covid-19”, pontuou o Sindicato em nota oficial.
Após a confirmação dos primeiros casos no Centro de Entrega de Encomendas (CEE), a Justiça do Trabalho determinou o afastamento por 15 dias de trabalhadores diagnosticados com a doença, sob pena de multa. Foi essa a determinação que permitiu que os trabalhadores concursados paralisassem as atividades.
A decisão foi proferida pelo juízo da 30ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro em ação movida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect/RJ).
Esta não é a primeira vez que funcionários dos Correios fazem paralisação por conta de casos do novo coronavírus. No dia último dia 1º, trabalhadores do CEE cruzaram os braços, alegando relaxamento da empresa em relação aos cuidados obrigatórios no combate à pandemia. Na ocasião, porém, a estatal negou que tenha havido suspensão das atividades e afirmou que a unidade foi fechada “para sanitização”.
Mesmo assim, os servidores foram afastados e somente funcionários terceirizados atuam no CEE até o fechamento desta reportagem, incluindo contratados para atuar no CDD, que teriam sido remanejados.
Fonte: Terceira Via.
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