Sete dicas para renegociar dívidas e sair do vermelho em 2022
O percentual de famílias brasileiras endividadas atingiu 74,6% em novembro, o maior índice desde que a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) começou a ser feita, em janeiro de 2010.
Isso significa que três em cada quatro famílias do país têm dívidas a pagar, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Antes de julho deste ano, a parcela nunca havia superado a marca dos 70%.
“ A situação realmente é preocupante, mas também se apresenta como uma oportunidade, pois onde se tem muitas pessoas devendo se tem também muitas empresas querendo receber. Isso faz com que o momento seja bom para uma negociação
”
AFONSO MORAIS, SÓCIO DA MORAIS ADVOGADOS ASSOCIADOS.
Usar uma renda extra para quitar dívidas é uma das estratégias indicadas pelo advogado. A funcionária pública Adriane Alípio conseguiu um alívio no orçamento usando parte do 13º salário para quitar dívidas. "Usamos a parcela do 13º salário para cobrir o buraco do cheque especial."
Veja, a seguir, sete dicas do advogado Afonso Morais para ajudar a negociar as dívidas e começar 2022 com o nome limpo:
1) Organize-se
Organize as finanças para visualizar o valor das suas despesas, pelo menos, pelos próximos três meses, incluindo todas as dívidas já existentes.
2) Calcule sua reserva
De acordo com o que você tem de reserva financeira disponível e com as previsões de entradas no caixa, saberá quanto de dinheiro pode destinar para o pagamento das despesas já existentes.
3) Procure os credores
Procure todos os credores e proponha uma renegociação de acordo com a possibilidade de pagamento mensal. Se for necessário, proponha aumento no prazo e diminuição no valor mensal das parcelas. "O importante é saber quanto você pode pagar, para fazer com que a negociação atinja esse patamar. Caso contrário, você pode não conseguir honrar o novo acordo", diz.
4) Priorize pagamentos
Priorize o pagamento das dívidas relacionadas a serviços essenciais ou aquelas que tenham uma taxa de juros mais alta (como cartão de crédito e cheque especial). Essas devem ser liquidadas primeiro.
5) Entenda os contratos
Reveja os contratos assinados com seus credores: em muitos casos já existem cláusulas que preveem medidas especiais em casos extraordinários como desemprego. Se o documento contemplar algo nesse sentido, você pode utilizar essa cláusula para recorrer ao credor.
6) Avalie seus gastos
Reveja seus gastos e seu custo de vida. Isso pode ajudar a evitar que se contraiam novas dívidas.
7) Corte despesas supérfluas
Identifique as despesas que podem ser cortadas nesse período, para que você tenha mais recursos para liquidá-las.
"Em momentos como este, apenas o que é essencial deve permanecer, para que se atravesse a situação de forma mais fortalecida e para sair da inadimplência o mais breve possível."
Fonte: R7
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